domingo, 20 de maio de 2012

As Melhores Coisas - Thomas Watson


As melhores coisas
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito.” (Romanos 8.28)
Em um trecho de sua obra A Divine Cordial (“Um Tônico Divino”), publicada pela primeira vez em 1663, Thomas Watson escreveu:
Nós vamos considerar, primeiro, quais coisas cooperam para o bem do homem piedoso, e aqui nós vamos mostrar que tanto as melhores coisas quanto as piores coisas cooperam para o seu bem. Nós começamos com as melhores coisas. [...]
O supremo motivo pelo qual todas as coisas cooperam para o bem é o íntimo e carinhoso interesse que Deus tem pelo Seu povo. O Senhor fez uma aliança com eles. “Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus” (Jeremias 32.38). Em virtude desse pacto, todas as coisas cooperam, e devem mesmo cooperar, para o bem deles. “Eu sou Deus, o teu Deus” (Salmo 50.7). Essa expressão, “o teu Deus”, é a mais doce expressão em toda a Bíblia; ela revela as melhores relações, e é impossível que haja tais relações entre Deus e o Seu povo e, ainda assim, todas as coisas não cooperem para o bem deles.
Depois de vermos as piores coisas, veremos nesta série como as melhores coisas cooperam para o nosso bem.

A vontade de Deus para os Escravos - Paul Washer


Fonte: http://www.vemver.tv/

Como examinar teu coração! - Jonathan Edwards

Você poderia pensar que já temos mais informação sobre nós mesmos do que sobre qualquer outra coisa. Afinal de contas, estamos sempre junto de nós. Somos totalmente conscientes dos nossos atos. Instantaneamente sabemos tudo o que acontece conosco, e tudo o que fazemos.
 

Fonte: http://www.jonathanedwards.com.br/

Precisamos depender do Espírito - C. H. Spurgeon




Precisamos depender do Espírito de Deus em nossos resultados. Nenhum homem dentre nós realmente acha que poderia regenerar uma alma. Não somos tão tolos a ponto de reivindicar poder para mudar um coração de pedra. Talvez não ousemos presumir algo tão grandioso, contudo, podemos achar que, pela nossa experiência, podemos ajudar as pessoas a passar por suas dificuldades espirituais. Será que podemos? Podemos ter esperança que nosso entusiasmo mova a igreja viva diante de nós e empurre o mundo morto para trás de nós. Isso pode acontecer? Quem sabe, imaginamos que se pudéssemos apenas conseguir um avivamento, poderíamos facilmente assegurar um grande acréscimo à igreja? Vale à pena conseguir um avivamento? Os verdadeiros avivamentos não são presenteados?

         Podemos nos persuadir que tambores e trompetes e gritos farão muito. No entanto, meus irmãos, "o SENHOR não estava no vento" (1Rs 19.11). Resultados que valem à pena vêm daquele silencioso, mas onipotente Obreiro, cujo nome é o Espírito de Deus: nele, e somente nele, precisamos confiar para a conversão de uma única criança da escola dominical e para todo avivamento genuíno. Devemos olhar para ele para conservar nosso povo junto e edificá-los em um templo santo. O Espírito poderia dizer, assim como disse nosso Senhor: "Sem mim vocês não podem fazer coisa alguma" (Jo 15.5).

         O que é a igreja de Deus sem o Espírito Santo? O que seria o Hermom sem o orvalho ou o Egito sem o Nilo? Veja a terra de Canaã, quando a maldição de Elias caiu sobre ela, por três anos não sentiu orvalho nem chuva: assim seria o cristianismo sem o Espírito. O que os vales seriam sem seus córregos, ou as cidades sem seus poços, o que os campos de milho seriam sem o sol, ou a safra de vinho sem o verão--assim seriam nossas igrejas sem o Espírito. Como não podemos pensar no dia sem luz, na vida sem respiração, no céu sem Deus, também não podemos pensar no culto cristão sem o Espírito Santo.

         Nada pode substituí-lo: os pastos são um deserto, os campos frutíferos são áridos, o Sarom definha e o Carmelo é consumido pelo fogo. Bendito Espírito do Senhor, perdoa-nos por tê-lo desprezado, por tê-lo esquecido, por nosso orgulho auto-suficiente, por resistir a sua influência e apagar seu fogo! Daqui em diante opere em nós de acordo com sua excelência. Faça nosso coração ternamente impressionável, depois nos faça como cera para o sinete e estampe em nós a imagem do Filho de Deus. Com tal oração e confissão de fé, deixe-nos perseguir nosso objetivo no poder do bom Espírito de quem falamos.

         O que o Espírito Santo faz? Amado, que boa ação ele não faz? Ele desperta, convence, ilumina, limpa, guia, preserva, consola, confirma, aperfeiçoa e usa. Quanto pode ser dito de cada uma dessas ações! É ele quem opera em nós para o querer e o fazer. Ele que operou todas as coisas é Deus. Glória seja dada ao Espírito Santo por tudo que realizou em naturezas tão pobres e imperfeitas como a nossa! Nada podemos fazer à parte da seiva de vida que flui para nós de Jesus, a Videira. Aquilo que é de nós mesmos só serve para nos causar vergonha e confusão. Não damos um passo em direção ao céu sem o Espírito Santo. Não guiamos outros para o caminho do céu sem o Espírito Santo. Não temos nenhum pensamento aceitável, nem palavra, nem ato sem o Espírito Santo.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Solilóquio, uma conversa no espelho - Hernandes Dias Lopes




A marca distintiva da sociedade contemporânea é a superficialidade. Somos rasos em nossas avaliações. Falta-nos reflexão. Falta-nos introspecção. Estamos atarefados demais e cansados demais para examinarmo-nos a nós mesmos. Corremos atrás de coisas e perdemos relacionamentos. Sacrificamos no altar das coisas urgentes, as coisas que de fato são importantes. Como muito bem afirmou George Carlin, num artigo sobre o paradoxo do nosso tempo: “Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à lua, mas temos dificuldade de cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço sideral, mas não o nosso próprio espaço. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, mas nos comunicamos cada vez menos. Estamos na era do fast-food e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados”. 

Solilóquio é conversar consigo mesmo. É olhar nos olhos daquele que vemos no espelho e enfrentá-lo sem subterfúgios. É entrar pelos corredores da alma e não escapar pelas vielas laterais. É lidar com o nosso mais difícil interlocutor. É falar com o nosso mais exigente ouvinte. A introspecção, porém, é uma viagem difícil de fazer. Olhar para dentro é mais difícil do que olhar para fora. É mais fácil falar para uma multidão do que conversar com a nossa própria alma. É mais fácil exortar os outros do que corrigir a nós mesmo. É mais fácil consolar os aflitos, do que encorajar-nos a nós mesmos. É mais fácil subir ao palco e pregar para um vasto auditório do que conversar com aquele que vemos diante do espelho. 

O salmista, certa feita, estava muito triste e percebeu que precisava endereçar sua voz não para fora, mas para dentro. Então disse: “Por que estás abatida ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu” (Sl 42.11). É preciso dizer à nossa alma que a tristeza não vai durar para sempre. Devemos levantar nossos olhos e saber que Deus está no controle da situação, ainda que agora isso não seja percebido pelos nossos sentidos. Devemos proclamar, em alto e bom som para nós mesmos, que o louvor e não o gemido; a alegria e não o choro é que nos esperam pela frente. Não nos alarmemos com nossas angústias; consolemo-nos com as promessas de Deus. 

Não basta reflexão, é preciso introspecção. Não basta falarmos aos outros, precisamos falar a nós mesmos. Não basta lançarmos mão do diálogo, precisamos de solilóquio. O salmista, disse certa feita: “Volta minha alma ao teu sossego, pois o Senhor tem sido generoso para contigo” (Sl 116.7). 

Muitas vezes, ficamos desassossegados, quando deveríamos estar em paz. Curtimos uma grande dor na alma, quando deveríamos estar experimentando um bendito refrigério. E por que? Porque deixamos de pregar para nós mesmos. Deixamos de exortar nossa própria alma. Deixamos de fazer viagens rumo ao nosso interior. Deixamos de conversar diante do espelho. Deixamos o solilóquio. É preciso alertar, entretanto, que o solilóquio só é saudável, quando estamos na presença de Deus, quando nossa esperança está em Deus, quando encontramos em Deus nosso refúgio e fortaleza, quando podemos dizer como o salmista: “Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”.

Evidência da veracidade de nosso Cristianismo - Jonathan Edwards




Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele verdadeiramente tem sido aperfeiçoado o amor de Deus" (I Jo. 2:4-5).

A prática cristã aperfeiçoa fé e amor. São como uma semente. A semente não chega à perfeição por ser plantada na terra. Nem por desenvolver raízes e brotos, ou por sair do chão, nem por desenvolver folhas e botões. Entretanto, quando produz frutos bons e maduros, chegou à perfeição - completou sua natureza. O mesmo ocorre com fé e amor e todos os outros dons. Chegam à perfeição em frutos bons e maduros da prática cristã. A prática, então, deve ser a melhor evidência de que esses dons existem.

As Escrituras dão mais ênfase à pratica do que a qualquer outra evidência de salvação. Espero que isso esteja claro agora. Temos que nos manter nessa ênfase. É perigoso dar importância a coisas que a Bíblia não endossa. Teremos perdido nosso equilíbrio bíblico se dermos maior importância aos sentimentos e experiências que não se expressem em obediência prática. Deus sabe o que é melhor para nós, e tem salientado certas coisas porque precisam ser salientadas. Se ignorarmos a ênfase clara, de Deus, na prática cristã, e insistirmos em outras coisas como testes de sinceridade, estamos no caminho da ilusão e hipocrisia.

As Escrituras falam muito claramente sobre a prática cristã como o verdadeiro teste de sinceridade. Não é como se isso fosse alguma doutrina obscura, somente mencionada algumas vezes em passagens difíceis. Suponhamos que Deus desse uma revelação nova hoje, e declarasse: "Conhecereis meus discípulos por isso, sabereis que são da verdade por isso, sabereis que são Meus por isso" - e então desse uma marca ou sinal especial. Não veríamos nisso um teste claro e enfático de sinceridade e salvação? Bem, isto é o que tem ocorrido! Deus tem falado dos céus - na Bíblia! Ele nos disse muitas e muitas vezes que a prática cristã é a prova mais alta e melhor da fé verdadeira. Vejam como Cristo repete isso no texto do capítulo 14 do Evangelho de João: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (v. 15). "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama" (v. 21). "Se alguém me ama, guardará a minha palavra" (v. 23). "Quem não me ama, não guarda as minhas palavras" (v. 24). E no capítulo 15: "Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos" (v. 8). "Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando" (v. 14). E encontramos a mesma coisa em I João: "Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos" (2:3). "Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele verdadeiramente tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele" (2:5). "Não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade. E nisto conheceremos que somos da verdade" (3:18-9). Acaso não está claro?

Deus nos julgará por nossa prática no Dia do Juízo. Ele não pedirá que demos nosso testemunho pessoal. Não examinará nossas experiências religiosas. A evidência pela qual o Juiz nos aceitará ou rejeitará será a nossa prática. Essa evidência, é claro, não será para o benefício de Deus. Ele conhece nossos corações. Mesmo assim, Ele exporá a evidência de nossa prática por causa da natureza aberta e pública do julgamento final. "Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou mal que tiver feito por meio do corpo" (II Cor. 5:10). Se a nossa prática é a evidência decisiva que Deus usará no Dia do Juízo, é o teste que deveríamos aplicar a nós mesmos aqui e agora.

Conforme esses argumentos, penso que está claro que a prática cristã (como a defini) é a melhor evidência, para nós mesmos e para os outros, que somos verdadeiros cristãos.

O homem natural odeia a Graça – C. H. Spurgeon




O teor do evangelho gira em torno do fato de que o homem está morto em seus pecados, e que a vida eterna é um dom de Deus, e se colocaria contra a totalidade deste teor básico do evangelho quem defendesse que o homem pode conhecer e amar a Cristo sem a atuação do Espírito Santo. O Espírito Santo encontra os homens tão desprovidos de vida espiritual, como aqueles ossos secos na visão de Ezequiel; o Espírito tem de juntar cada osso com seu osso, até reconstituir o esqueleto, e depois, vindo dos quatro cantos, precisa soprar sobre esses ossos mortos a fim de que recebam vida. A não ser pelo Espírito de Deus, as almas dos homens teriam de permanecer no vale de ossos secos, mortas, e mortas para sempre.

Mas as Escrituras não dizem apenas que o homem está morto em pecado; afirmam algo pior que isso: que ele, por natureza, é absoluta e totalmente contrário a tudo que seja bom e reto. "Portanto a intenção da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser" Rom. 8:7. Folheemos as páginas da Bíblia e continuamente é repetido que a vontade do homem é contrária às coisas de Deus. Que disse Cristo naquele texto tão freqüentemente citado pelos arminianos para negar a doutrina que tão claramente afirma? Que disse Ele aos que imaginavam ser possível ao homem vir a Ele sem a influência divina? Primeiramente afirmou: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer". Entretanto, disse algo ainda mais enfático: "E não quereis vir a mim para terdes vida".

O homem não quer vir. Aqui se encontra a coisa fatal; não é apenas que o homem se encontra sem forças para fazer o bem, e sim que é suficientemente poderoso para fazer o mal, de modo que a sua vontade está perversamente disposta a ir contra tudo que é reto. Vá, arminiano, e diga a seus ouvintes que eles podem vir a Cristo, se assim o desejam, mas saiba que o seu Redentor o observa face a face e lhe diz que você está proferindo uma mentira! Os homens não querem vir. Nunca virão por si mesmos. Ninguém pode induzi-los a vir, nem mesmo forçá-los a vir com todas as suas ameaças, nem seduzi-los com todos os seus convites. Eles não querem vir a Cristo para terem vida. Até que o Espírito os traga, não quererão vir, nem poderão vir.

E é pelo fato de que a natureza humana é hostil ao Espírito de Deus, que o homem odeia a graça, despreza a maneira pela qual se oferece esta graça, e é contrário à sua natureza orgulhosa o humilhar-se para receber a salvação pelos méritos de outro. Daí, pois, surge a necessidade de que o Espírito opere diretamente no homem para mudar a sua vontade, corrigir as inclinações do seu coração, e depois de colocá-lo no caminho certo, dar-lhe forças para andar nele. Oh, se todos estudassem o homem e chegassem a compreendê-lo, não poderiam deixar de ser zelosos nesta doutrina da necessidade da obra do Espírito Santo! Com razão um grande escritor observou que jamais conheceu um homem que sustentasse algum erro teológico, que ao mesmo tempo não mantivesse alguma doutrina que atenuasse a depravação humana.

O arminiano diz que é verdade que o ser humano está espiritualmente caído, todavia acrescenta que ele ainda possui o poder da vontade e essa vontade é livre; ele pode levantar-se. Atenua-se dessa forma o caráter desesperador da queda do homem. Por outro lado, o antinomiano afirma que o homem não é responsável, pois nada pode fazer; por conseguinte não está obrigado a fazer nada. Não é sua obrigação crer, nem é sua obrigação arrepender-se. Vemos aqui que ele também atenua a condição pecaminosa do homem e lhe faltam idéias corretas a respeito da Queda. Entretanto, uma vez mantida a posição verdadeira, ou seja, a de que o ser humano não só está completamente caído, perdido e condenado, e sim também de que é culpado e por si mesmo impotente, então necessariamente você adotará a posição doutrinária correta em todos os demais pontos do grande evangelho do Senhor Jesus. Desde que se creia o que as Escrituras ensinam sobre o homem -posto que se aceite que o seu coração é depravado, seus afetos corrompidos, seu entendimento obscurecido e sua vontade pervertida, então você terá de sustentar que, se uma pessoa assim tão miserável há de ser salva, essa salvação deverá ser efetuada pelo Espírito de Deus, e por Ele somente.

Quando orar é completamente fútil – Martyn Lloyd-Jones



Conheço bom número de cristãos que têm uma resposta universal para todas as questões. Não importa qual seja a questão, eles dizem: «Ore sobre isso» . . . Quão simplista, superficial e falso pode ser tantas vezes esse conselho — e o digo num púlpito cristão! Você talvez pergunte: «É errado em algumas circunstâncias, dizer aos homens que façam dos seus problemas assunto de oração?» Nunca é errado, mas às vezes é completamente fútil...

A luta deste pobre homem (Salmo 73) era toda esta, que ele estava tão confuso em seus pensamentos acerca de Deus que não podia orar a Ele. Se temos na mente e no coração pensamentos confusos sobre a maneira como Deus nos trata, como podemos orar? Não podemos. Antes de podermos orar de verdade, precisamos pensar espiritualmente. Não há nada mais fátuo do que tagarelar sobre a oração, como se a oração fosse algo para o que você pudesse correr sempre e imediatamente. . .

Me permitam citar um dos maiores homens de oração que o mundo já conheceu. . . George Müller, fazendo preleção a ministros . . .disse-lhes o seguinte: Que durante muitos anos de sua vida, a primeira coisa que fazia todas as manhãs era orar. Por fim veio a descobrir que esse não era o melhor caminho. Percebera que para orar verdadeira e espiritualmente, tinha que estar no Espírito, e que deveria preparar-se primeiro.

Descobrira que isso era bom e da maior utilidade, e agora lhes recomendava que sempre lessem uma porção da Escritura e talvez algum livro de devoção antes de começarem a orar. Em outras palavras, ele descobriu que era necessário pôr-se a si mesmo e a seu espírito em correta condição, antes de poder orar verdadeiramente a Deus. . . Precisamos dedicar tempo à oração. Não começamos a orar a Deus enquanto não nos apercebemos da Sua presença. . . Assim, eis os passos perfeitamente certos — a casa de Deus, a Palavra de Deus, oração a Deus e comunhão com Deus.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mártires cristãos sendo atacados por leões - Cenas fortes

"E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte." (Apocalipse 12:10-11)
Fonte: http://renatovargens.blogspot.com.br/

Quando o meu deus sou eu



Sempre que lemos a passagem do bezerro de ouro em Êxodo 32 temos um sentimento ruim com relação ao povo de Israel. Deus o tinha livrado do Egito, fez aquele incrível milagre da abertura do Mar Vermelho (você consegue imaginar a experiência de ter visto e vivido aquilo?) e ainda assim aquelas pessoas tomaram as rédeas de sua vontade, passaram por cima da vontade do Senhor e fizeram o que lhes parecia mais conveniente. Dá para entender a decepção de Moisés ao ver aquilo, traduzida numa fúria que o fez quebrar as tábuas com os mandamentos. Sim, aquelas pessoas foram de uma falta de fé, de um imediatismo e de um egoísmo atroz. Mas… por que as condenamos? Já parou para pensar que se estivesse entre eles você faria parte da multidão idólatra? E a explicação é simples: faz parte da má natureza humana não ter paciência de esperar em Deus  e resolver tomar as rédeas de seu destino, sem aguardar por aquilo que o Senhor planejou fazer. Israel erigiu o bezerro de ouro simplesmente porque não teve fé suficiente para esperar o tempo de Deus. Só que o tempo chegou e Moisés desceu do monte. O resultado você sabe.
Nas palavras de Deus, quem não tem fé para esperar por Sua ação e erra pela autossuficiência é “corrupto” e “desviado”. Ouça o que Ele diz a Moisés:  “Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu e depressa se desviou do caminho que lhe havia eu ordenado”.  O desagrado do Todo-Poderoso é claro. A partir do versículo 9, Ele deixa claro que não há como abençoar quem assim o faz: “Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho visto este povo, e eis que é povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me, para que se acenda contra eles o meu furor, e eu os consuma”.
Duro. Uma leitura superficial nos leva a crer que a ira do Pai se acende apenas pela idolatria. Mas se formos fundo nessa passagem veremos o que havia no coração do povo, a origem dessa idolatria. Em Êxodo 1, as causas de todo o problema ficam bem claras: “Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e lhe disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós”. Aí está. O povo queria respostas rápidas. Não soube esperar. Queria que Moisés já tivesse descido. Estava impaciente. Não teve fé de que a demora tinha uma razão divina. Como quem esperava “tardou”, o povo decidiu resolver da sua forma, à sua maneira, com suas próprias mãos. Pecado. Aquele povo sem fé, sem paciência e sem esperança estava tão ávido por resolver logo as coisas – da sua maneira – que veja a hora em que a Bíblia revela que começaram a adorar o bezerro: “No dia seguinte, madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se”. Repare a pressa: eles madrugaram.
A avidez daqueles que eram chamados de “povo de Deus” fez com que acordassem de madrugada para cometer seu pecado, tão impacientes que estavam. Se Deus não resolve, vamos nós mesmos tomar a frente! E logo! Esperar o sol nascer para quê?
A partir do versículo 21, temos a explicação ainda mais profunda da falta de fé, impaciência, autossuficiência e consequente idolatria do povo de Deus: “Perguntou Moisés a Arão: Que te fez este povo, que trouxeste sobre ele tamanho pecado? Respondeu-lhe Arão: Não se acenda a ira do meu senhor; tu sabes que o povo é propenso para o mal”. Eis aí, meu irmão, minha irmã. O mal que carregamos em nosso coração é o grande culpado. Somos maus e por isso não acreditamos que Deus pode fazer o melhor para nós se apenas esperarmos mais um pouco. Somos maus e por isso nos guiamos por vista e não por fé. Somos maus e por isso tomamos das mãos de Deus a solução para nossas dúvidas e questões. Somos maus e por isso praticamos a idolatria: seja a de um bezerro de ouro, seja a de nós mesmos, quando nos pomos no lugar de Deus, o atropelamos e dizemos “seja feita a MINHA vontade”.
Tomamos as decisões no tempo que achamos conveniente de forma “desenfreada”, como diz o versículo 25. Isto é, sem freios, sem nada que nos faça parar: a razão, conselhos, pregações, testemunhos, exortações, nada. Nada nos freia. Nada nos para. Queremos e por isso fazemos, mesmo que saibamos que deveríamos esperar o tempo de Deus. Moisés era a pessoa certa. Era por Moisés que deviam esperar. Mas, pela impaciência e falta de fé de que Moisés chegaria, o povo pegou um substituto, Arão, e com ele fez o bezerro de ouro. Pobres miseráveis.
A Bíblia nos revela o desfecho daquele pecado: desgraça.  Três mil homens foram mortos a espada. E mais: “Feriu, pois, o Senhor ao povo”. Falta de fé. Impaciência. Autossuficiência. Idolatria. Pecado. Uma coisa leva à outra. A última etapa dessa sequência é morte e sofrimento.
Meu irmão, minha irmã. Se você deseja algo de Deus, não deixe que as aparências o enganem. Não se deixe conduzir pelas circunstâncias ou pelo que humanamente falando parece ser. Deus não trabalha segundo padrões humanos. Deus não age no tempo do homem. A lógica de Deus não é a nossa lógica. Deus cria situações aparentemente sem solução, verdadeiros becos sem saída, apenas para saber até onde vai a sua fé nEle. Você confia ou não? Crê no que parece impossível ou não? Na maioria das vezes o mal que há em nós nos leva a esquecer nossa fé e agir de modo que possamos “ver”, “controlar”. Mas sem fé é impossível agradar a Deus. E aí não esperamos Moisés. Pegamos um Arão qualquer e dizemos: “Você serve. Pois você estamos vendo e com você à vista temos como controlar nossas vidas. Agora faça o bezerro de ouro”. Pronto. A desgraça está feita.
Tenha fé. Tenha paciência. Tenha confiança. Jesus não é só alguém em quem fingimos confiar quando cantamos “Rompendo em fé” nos cultos. Isso é mole de fazer. Cantar e não fazer é facílimo. Facílimo e mentiroso. Pois na hora que precisamos romper em fé mesmo… será que o fazemos? Ou assumimos o controle da situação, nos aliançamos com Arão e pecamos?
Deus não se interessa por um povo que não confia nele. Os que não souberam esperar acabaram mortos ou feridos. É assim que você quer acabar?
Paz a todos vocês que estão em Cristo
Fonte: http://apenas1.wordpress.com/

Como Vencer a Carne?


Carne x Espírito. Desejos x Cruz. Egoísmo x Renúncia.
Todos os dias travamos uma batalha contra nós mesmos. Muitas vezes, fazemos o mal que não queremos, e não fazemos o bem que queremos (Rom. 7:19). E Jesus falou diversas vezes que o caminho é estreito, e que é difícil entrar no Reino de Deus!
Mas por que temos que vencer a carne? Por que não podemos desfrutar dos prazeres deste mundo?
“Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus,” (Rom. 8:8) e “se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão” (Rom. 8:13). Ou você vive para crucificar seus desejos – imoralidade sexual, impureza, egoísmo, inveja – ou você não herdará o Reino de Deus.
Não se engane – se você está vivendo uma vida em que seus desejos imorais não são crucificados dia após dia, você não herdará o Reino de Deus. Parece impossível? Para nós, realmente é. Mas para Deus não há nada impossível. É fato que nós pecamos todos os dias, mas isso é diferente de estar em pecado.
Qual a diferença entre pecar e estar em pecado?
Leia Romanos 6. É muito bom para explicar essa diferença.
Em resumo, estar em pecado é ser escravo do desejo.
Estar em Cristo (ou aceitar a Cristo) é morrer para o pecado.
Você vai continuar tendo pecados, mas esse não vai ser o seu estilo de vida, e o pecado não mais te dominará. 
“Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos.” (Rom. 6:12)
Jesus respondeu: “Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado. (João 8:34)
E agora vem a grande pergunta. Se fosse fácil não precisaria escrever sobre isso. Mas espero que estas dicas te ajudem na luta contra o pecado.
Como vencer a carne? 
Em seu livro “Uma Vida Cheia do Espírito”, Charles Finney escreveu um capítulo Como Vencer o Pecado. Seus principais pontos são:
1. O pecado não é um movimento muscular ou um desejo involuntário. É um ato ou estado voluntário da mente.
Muitas vezes me iludi, falando pra mim mesmo, ‘minha carne é fraca, e incontrolável.’ Será? A Bíblia fala que o pecado não nos dominará, porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça. (Rom. 6:14) Isso significa que você pode até pecar, mas como você está debaixo da graça de Deus, você não vai se submeter à escravidão do pecado.
Sendo mais claro – se você, jovem, olhar para uma mulher com malícia, você está pecando. Mas você pode parar de olhar e falar pra Deus ‘me dá forças, pois não quero fazer isso.’ E então você para de olhar. E quando passa uma outra mulher, você não olha. Você não é um escravo desse desejo. Você é livre para não olhar. 
E se você, moça, falar mal de sua colega por trás, com maldade em seu coração, você está pecando. Mas se você resolver parar de praticar a fofoca, se decidir não falar mal e odiar a ninguém, você está se libertando. Você não precisa estar na rodinha em que todas falam besteiras. Você é livre para não falar mal.
O pecado é voluntário. Só é escravo do pecado quem quer.
 2. Todos os esforços dessa natureza para vencer o pecado são inúteis, e ainda em desacordo com a Bíblia
Você nunca vai vencer a carne se esforçando. É impossível ser santo sem depender do Espírito Santo. É impossível ser salvo sem confessar a morte e ressureição de Cristo.
Um exemplo – desde minha adolescência tinha a tendência de ser perfeccionista. Fazia o meu melhor possível nos estudos, no trabalho e na vida em geral. E quando caia em pecado, sempre me frustrava comigo mesmo, e não me perdoava. Tentava ser uma “pessoa melhor”. Não conhecia a plena graça de Deus, e me esforçava muito para ser um filho bom, e tinha muito medo em desagradar a Deus. Um dia, estava orando com um grupo de amigos, e senti Deus falando “você precisa se perdoar”. Eu não achei que fazia sentido nenhum, mas depois entendi. A graça de Deus é o que nos salva, não o fato de sermos perfeitos. Meus esforços para ser perfeito não faziam sentido. Jesus havia dado tudo por mim e o que eu precisava fazer era depender dele. Assim, descobri que poder de Jesus é maior até do que o peso do pecado.
 3.  Nada, senão a vida e energia do Espírito de Cristo dentro de nós, pode salvar-nos do pecado
Leia essa passagem, que é demais:
Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam. Mas, se vocês são guiados pelo Espírito, não estão debaixo da lei. Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti, que os que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e os seus desejos. Gálatas 5:16-24
Conclusão
Como vencer a carne? 
Pertença a Jesus, tome sua cruz, e você vencerá.