terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Rasgai o Coração! - C. H. Spurgeon




Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes.

Joel 2.13

o rasgar de vestes e outros sinais exteriores de emoção religiosa podem ser manifestados com facilidade e, frequentemente, são hipócritas. Sentir o verdadeiro arrependimento é muito mais difícil e, consequentemente, muito menos comum. Os homens atenderão às mais diversas e minuciosas normas de cerimônias religiosas que são agradáveis à carne. Mas a verdadeira fé é bastante humilhante, perscrutadora e completa, e não atrai o gosto carnal dos homens. Alguns preferem algo mais ostentoso, superficial e mundano.

Os ouvidos e olhos são satis¬feitos, a presunção é alimentada, e a justiça própria é enaltecida. Todavia, eles estão enganados, porque, na hora da morte e no Dia do Juízo, a alma necessita de algo mais substancial do que cerimônias e rituais em que possa confiar. Oferecida sem um coração sincero, toda forma de adoração é um fingimento e uma zombaria descarada da majestade no céu.

O rasgar do coração é uma obra realizada por Deus e experimentada com solenidade. E uma tristeza secreta experimentada pessoalmente, não como um ritual, e sim como uma obra profunda e constrangedora da alma, por parte do Espírito Santo, no coração de todo crente. Não é uma questão para ser meramente discutida e crida, mas para ser aguda e sensitivamente experimentada em cada filho do Deus vivo. O rasgar do coração é poderosamente humilhante e completamente purificador do pecado; mas, depois, é doce-mente preparatório para as consolações graciosas que espíritos orgulhosos não podem receber. E distintamente característico, pois pertence aos eleitos de Deus, e para os tais apenas.

O versículo de hoje nos ordena a rasgar o coração, mas ele natural-mente é tão duro quanto o mármore. Como, então, podemos fazer isto? Temos de levar nosso coração até ao Calvário. A voz de um Salvador quase morto rasgou as rochas naquela ocasião e continua tão poderosa agora como o foi naquele dia. O bendito Espírito Santo, faze-nos ouvir os clamores de morte do Senhor Jesus, e nosso coração será rasgado, à semelhança de homens que 
rasgavam suas vestes no dia de lamentação.

Dá-me, filho meu, o teu coração! – M. Lloyd-Jones



O que Deus quer, o que o nosso bendito Senhor quer, acima de tudo, somos nós mesmos — o que a Escritura chama nosso «coração». Ele quer o homem interior, o coração. Ele quer nossa submissão. Ele não quer apenas a nossa profissão (de fé), o nosso zelo, o nosso favor, as nossas obras, nem qualquer coisa mais.

Ele nos quer. ... Deus não quer nossas ofertas; Ele não quer nossos sacrifícios; Ele quer nossa obediência, quer-nos a nós mesmos. E possível que um homem diga coisas certas, seja muito ocupado e ativo, alcance visivelmente resultados magníficos e, contudo, não se tenha entregado ao Senhor. Ele pode estar fazendo isso tudo para si próprio. ... E isso é, afinal, o maior insulto que podemos fazer a Deus.

... dizer: «Senhor, Senhor» fervorosamente, ser ocupado e dinâmico e, todavia, negar-Lhe a verdadeira fidelidade e submissão, insistir em reter a direção de nossas próprias vidas, e permitir que as nossas próprias opiniões e argumentos antes que os da Escritura dirijam o que fazemos e o modo como o fazemos... e tudo mais que façamos — por maiores que sejam as nossas oferendas e sacrifícios, por mais maravilhosas que sejam as obras que façamos em Seu nome — isso tudo de nada nos valerá.

Se cremos que Jesus de Nazaré é o unigênito Filho de Deus, que Ele veio a este mundo, suportou a cruz do Calvário, morreu por nossos pecados e ressuscitou a fim de justificar-nos e dar-nos nova vida e preparar-nos para o Céu — se você de fato crê nisso, há uma única e inevitável conclusão lógica, a saber, que Ele tem direito à posse total das nossas vidas, tudo, sem nenhum limite, de nenhuma espécie. Isso significa que Ele deve ter a direção não só das coisas grandes, mas também das pequenas. ... Devemos submeter-nos a Ele e ao Seu caminho segundo as condições que aprouve a Ele nos revelar na Bíblia; e se o que fazemos não se amolda a este modelo ... trata-se do tipo de conduta que leva Cristo a dizer a certa gente: «Apartai-vos de mim, vós que praticais iniquidade.»

Ele os designa desse modo 'porque ... faziam tudo aquilo para agradar-se a si mesmos, e não para agradar a Ele. Examinemo-nos solenemente à luz destas verdades.

Quem quer dinheiro? Quem quer Reino?



“Acaso é tempo de vocês morarem em casas de fino acabamento, enquanto a minha casa continua sendo destruída?” Ageu 1:4
“Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças, falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor.” Jeremias 23:16
A pouco tempo me surpreendi de forma negativa. Eu já ouvira falar que determinado “pastor” defendia a teologia da prosperidade. Mas também ouvi outras pessoas dizerem que não, que isso dependia do ponto de vista. Eu queria ver com meus próprios olhos então fui pessoalmente assistir ao culto em que ele pregaria. Que tristeza. Que motivação mais mesquinha que fazia as pessoas saltarem e gritarem. Não, elas não gritavam porque algum irmão havia sido curado, porque algum pecador havia se arrependido, ou porque a presença de Deus estava se movendo ali. Elas gritavam apenas concordando com as propostas desse pastor. Eu só podia ouvir “Recebo” “Eu quero” “Prosperarei”. Blá blá blá.
“Deus vai te dar uma casa tão linda, que as pessoas vão parar na frente pra tirar foto.” Foi a ultima frase que ouvi. Depois disso eu me recusei. Levantei e fui pra casa.  Eu não poderia ter beijado minha bíblia no inicio da pregação (um ato profético que ele propôs) e continuar ouvindo coisas que iam contra o que estava escrito nela.
O que ela me diz? Bem, eu li que na igreja de atos as pessoas vendiam seus bens, pra ajudar as outras. Era uma comunidade movida por amor, onde, se o dinheiro era problema, em pouco tempo não era mais, porque um sabendo da necessidade do outro rapidamente juntava o que tinha, pensava numa solução (mesmo que tivesse que se desfazer de algum imóvel particular) e não sossegava enquanto seu irmão também não estivesse sossegado. Não, eles não faziam isso esperando colher nada. Eles faziam isso por amor.
“pois nenhum necessitado havia entre eles porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as traziam os valores correspondentes. E depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um, à medida que alguém tinha necessidade.” Atos 4;34 e 35
Eu quero dar pra Deus o que quer que seja com nenhuma outra expectativa que não seja “estou fazendo Deus feliz, essa é a vontade dEle e esse é meu sacrifício de amor, minha vida e tudo a que estou apegada, no altar dEle”. O que eu recebo de Deus é AMOR. É amor que eu tenho que dar, amor desprendido de interesses. Quando eu digo “estou semeando para multiplicar” eu quero dizer que o Senhor seja glorificado, porque a semente é dEle, a chuva que vai fazer nascer o fruto é dEle (Jeremias 5:24) e NATURALMENTE (tanto quanto plantar batata vai fazer nascer batata) eu terei o fruto em tempo certo, por que? Porque NATURALMENTE Deus é fiel, e se eu estou nEle nada vai me faltar, Ele não vai fazer multiplicar o que a minha carne quer, e sim o que eu PRECISO.
Quero ver pessoas lotando templos, aplaudindo, pirando e saltando por ALMAS. É por isso que os anjos festejam, é esse o motivo de festa nos céus e não chaves de casas sendo “entregues”.
Não podemos usar algo pessoal como fórmula que vai dar certo para todo mundo. A não ser que seja um princípio de Deus, nada do que Ele disse especificamente para você deve ser levado em consideração para todas as pessoas que vc conhece. Vamos supor que você seja um empresário, que tem um certo apego ao dinheiro, talvez porque está juntando para construir sua casa, ou comprar um barco, ou então está poupando para as férias na praia com a família. Aí Deus te pede para dar mil reais de oferta. “Puxa vida, mil reais assim? De uma vez? E eu nem sei pra que esse dinheiro vai ser aplicado? Só vou dar por obediência? Ai meu bolso” Faz sentido? Faz, porque isso vai doer nesse cara, vai matar a carne dele. Sacrifício é algo que vai doer. Agora, não me suba num púlpito dizendo que se os irmãos não têm mil reais para semear, eles podem pedir emprestado e semear, que vai “surtir o mesmo efeito”, que Deus vai “provar sua fé” do mesmo jeito. Me poupe! Pra alguém que passa necessidade de comida, mil reais só vai doer na carne do estômago dos filhos dessa pessoa. Quanta irresponsabilidade!
Sabe quando eu acreditaria nesses caras? Quando ao invés de pedir sementes de mil reais eles lançassem um desafio. Sei lá, algo louco como: cada irmão aqui vai se dispor e não vai se negar se Deus pedir pra que:
- ore com uma pessoa morta – pra ela ressuscitar.
- ore por alguém com câncer, AIDS, ou qualquer doença que não tenha cura aos olhos humanos.
- venda um de seus carros e doe a um orfanato ou família necessitada.
- adote um missionário e envie mensalmente a ele a mesma quantia que vc enviaria se fosse seu filho que estivesse em campo.
- abra mão do seu almoço (jejue) para que o avivamento aconteça na sua cidade.
Fazendo tudo isso eles não ganhariam nada material em troca, não ganhariam 7 vezes mais do que seu salário, mas ganhariam a satisfação de Deus.
É fácil dar dinheiro, o difícil é ir num orfanato. O difícil é olhar no olho de um velhinho num asilo, e dar ouvidos à ele, perguntar do que ele esta precisando, e dar, ainda que seja um abraço.
“não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a raça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros  no céu, onde traça nem ferrugem corroem e onde ladro não escavam nem roubam, porque, onde esta o teu tesouro ali também estará o teu coração” Mateus 6:19-21
Não, não ia dar certo essa campanha que eu falei. Seria uma campanha furada, daquelas que não enchem nem 30% dos bancos da sua igreja. Sabe por que?
Porque os cristãos do nosso tempo semeiam dinheiro crendo que um dia terão um jatinho, ou uma casa dos sonhos. Mas não semeiam meia hora do seu tempo para orar pelas pessoas, nem abrem mão do seu almoço para que venha o Reino de Deus.
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” Mt 23.23
Estão prostadas sim, mas diante da sua carne mimada, que precisa ser satisfeita, apoiada no pretexto furado de que somos filhos do Rei, se esquecendo que pra Ele ser Rei o Reino dEle precisa vir. E tem um preço que não é mil reais.
Eu não quero ser uma milionária. Pq eu corro dois riscos:
- Ficar pobre rapidinho, pq eu ia comprar tudo que me desse na telha sem nem olhar preço (coisas fúteis, que eu realmente NÃO preciso) e ia ajudar todo mundo que eu sei que precisa (isso significa MUITA gente) logo, sem visão empresarial, nem noção de administração nenhuma pra tanto dinheiro, eu logo voltaria à minha vidinha normal de classe média.
- Esquecer que preciso de Deus. Concorde você comigo ou não, quando a gente tem dinheiro – eu digo bastante dinheiro, mais do que você precisa pra pagar sua faculdade, a prestação de seu carro, a ração do seu cachorro, o aluguel e a compra do mês – a gente esquece de Deus. É a necessidade, os problemas o que mais nos aproxima de Deus. Vai falar que não? Vai falar que toda vez que você se ajoelha é simplesmente porque te deu “saudade” de Deus? Não! Quando a segurança vai embora junto com o dinheiro, buscamos a Deus, o sofrimento é um megafone de Deus nos gritando “voce precisa de mim. Você não foi feito pra esse mundo aí, pare de brincar com brinquedos que não são pra vc.”
Eu sei que nós vamos continuar comprando roupas, sentindo fome e rindo de seriados da TV. Eu sei que a gente vai continuar indo toda semana na igreja e ouvir o pastor falando de homens que marcaram a história. Em algum lugar do nosso mundo de possibilidades sabemos que o que eles fizeram, nós poderíamos fazer. Que um cara que marcou a cidade dele e hoje, depois ter morrido pelo evangelho, é conhecido mundialmente, teve as mesmas oportunidades que você tem hoje ou até menos. O que ele fez de diferente foi não negligenciar seu chamado, não se acovardar. Talvez esse cara tmb tinha uma conta no twitter, tmb ia ao cinema com os amigos, tambem ficou bravo quando o Brasil perdeu a copa.  O que ele fazia de diferente, era ouvir a voz de Deus e não fingir que não era com ele.
Enquanto em muitos lugares alguns palestrantes (me recuso à chamá-lo de pastores) esbravejam que“Deus é bom, Ele vai te fazer ser o homem mais rico da sua região” que você possa acreditar que Deus continua sendo bom quando vc ñ está na lista dos mais ricos, e que inclusive uma coisa tem tudo a ver com a outra. É por Ele ser bom que Ele não te dá o melhor carro, nem a casa que todo mundo vai invejar.
“O destino deles é a perdição, o seu Deus é o estômago e eles têm orgulho do que é vergonhoso, só pensam nas coisas terrenas” Filipenses 3:19
O que é vergonhoso? Eu desejar ter uma casa igual a de determinada atriz global, enquanto à vinte minutos da minha casa, numa favela, morre uma família soterrada, em condições sub humanas de moradia, sem oportunidades, sem Jesus. É vergonhoso as igrejas entupidas de pessoas em dia de semana, num horários nada convencional, pra ver determinado palestrante falar meia dúzia de mentiras, com fórmulas mirabolantes de “sucesso” que ele tirou de algum lugar oco da cabeça dele, enquanto no sábado à meia noite, numa vigília de intercessão pela Igreja Perseguida, vc não possa contar mais de 15 pessoas.
Você pode virar pra mim e dizer: “Mas que post pessimista”.
Não. Se esse mundo está assim, se sua igreja está assim, levante-se e seja diferente. Revolucionários não são pessoas que fizeram bagunça, que mudaram incontáveis vezes de igreja, ou que brigaram com seus líderes. Revolucionários são pessoas com visão, que perguntam a Deus o que podem fazer naquele meio, e que estão dispostos a obedece-lO seja lá o que Ele peça. Sadraque, Mesaque e Abedenego fizeram barulho sem fazer nada. Eles só NÃO fizeram o que todos estavam fazendo. Resistiram aos banquetes, resistiram à onda do momento. Talvez isso seja tudo que Deus quer de você hoje. Permanecer firme, se a maré estiver forte, você vai estar tão firme em Deus, que correnteza nenhuma vai te convencer que o outro lado é melhor. Revolucione, seja a resposta. Revolucionários tem uma convicção, são teimosos, chatos e loucos. Eu queria que você pudesse concordar com essa oração embaixo:
Não Deus, eu não quero um avião. Eu não quero uma Mercedes. Porque nós dois sabemos que, se eu tiver, meu ego vai subir mais rápido do que o acelerador daquele carro. Só quero sentir a sua glória me transformando todos os dias, pra eu poder ser sal fora do saleiro, luz na escuridão. E fazer o que ninguém acredita que eu seja capaz. Eu vou fazer justamente por isso. Porque eu não sou capaz mesmo, mas o Jesus que vive em mim é. Eu sei que em comparação ao oceano de Sua sabedoria minha mente pode ser comparada a um copo, mas ainda assim te peço, me dá uma breve noção do quanto essa vida aqui é passageira Deus, ensina-me a contar os meus dias. Não quero viver apegada a coisas e a lugares aos quais eu não pertenço. Não quero que minhas limitações me impeçam de sonhar os Teus sonhos. Milagres, o Senhor faz e muito bem. Eu sei pq te conheço e já vi tantos com esses meus olhos mortais… Então começa agora e faz mais esse milagre em mim. Me dá sede por santidade, desespero por estar aqui, aos Seus pés. Eu sei que isso é tudo que eu preciso.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Quando os lobos atacam as ovelhas



Por Hernandes Dias Lopes
O apóstolo João, em sua segunda carta, versículos 7 a 11, fala acerca de três perigos que a igreja enfrenta em relação aos falsos mestres e enganadores, que como lobos, espreitam as ovelhas de Cristo. Os falsos mestres sempre existiram e sempre procuraram se infiltrar no meio do rebanho para atacar as ovelhas. Esses enganadores negam, por exemplo, as verdades essenciais da fé cristã, como a encarnação de Cristo e sua morte vicária na cruz. Eles têm o mesmo espírito do anticristo e vêm para preparar seu caminho (2Jo 7). Esses lobos nem sempre colocam as unhas de fora. Na maioria das vezes, travestem-se de ovelhas para entrar no aprisco e devorá-las. Que cautela a igreja precisa ter? Quais são os perigos que precisamos evitar para não sermos atacados por essa alcateia de lobos?
1. O perigo de tornar atrás (2 Jo 8). 
João alerta aos crentes para ficarem atentos a fim de não retrocederem e não perderem aquilo que foi realizado com esforço pelos verdadeiros obreiros de Deus. Quem retrocede na fé, quem escuta a voz dos falsos mestres e quem se afasta da igreja do Deus vivo para dar ouvidos às heresias perniciosas dos falsos mestres rifa sua própria alma no balcão do engano. O apóstolo João recomenda cautela, pois os falsos mestres não se apresentam como tal. Eles vêm com voz suave. São simpáticos, atraentes, bons comunicadores. Parecem sempre estar na frente, trazendo revelações novas e espetaculares. Mas, sorrateiramente ou mesmo explicitamente negam as verdades fundamentais da fé cristã e desconstroem os pilares do cristianismo. Seguir esses aventureiros é desviar-se da fé, é mergulhar na escuridão da mentira de Satanás e colocar os pés no caminho largo que conduz à perdição.
2. O perigo de ir além (2 Jo 9). 
Os falsos mestres sempre ficam aquém das Escrituras ou vão além delas. Eles ultrapassam a doutrina de Cristo. Não têm a Palavra de Deus como única regra de fé e prática. Acrescentam à Bíblia alguma nova revelação. Ao fazerem isso, negam a veracidade e a suficiência das Escrituras. Negam também a Pessoa e a obra perfeita e completa de Cristo. Negam a salvação pela graça e introduzem mentiras perniciosas, fazendo-as passar pela última verdade a que todos os homens devem se render. O apóstolo Paulo já havia alertado aos crentes da Galácia que ainda que um anjo de Deus viesse do céu para pregar outro evangelho, além daquele que foi pregado, deveria ser rejeitado veementemente. Só há um evangelho. Só há uma mensagem salvadora. Buscar outros caminhos, outras fontes e outras revelações é cair num abismo trevoso, é desviar-se da verdade, é apostatar-se da fé.
3. O perigo de ir junto (2 Jo 10,11). 
O apóstolo João é enfático em dizer que não podemos receber em nossa casa aqueles que trazem em sua bagagem a falsa doutrina, aqueles que negam nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo como nosso único e suficiente Salvador e Senhor. Não podemos dar as boas vindas a esses lobos travestidos de ovelhas, pois fazer isso é tornar-se cúmplice de suas obras más. Os falsos mestres são incansáveis em sua jornada de morte. Eles são itinerantes. Batem de porta em porta e buscam sempre uma oportunidade para enredar alguém com sua astúcia. A única forma de mantermos esses lobos fora do aprisco, longe das ovelhas e distante da nossa casa é firmarmo-nos na verdade. Sem o conhecimento das Escrituras, não teremos discernimento necessário para distinguir entre o lobo e a ovelha, entre a verdade e a mentira, entre o verdadeiro evangelho e o falso evangelho. Nesse tempo em que a sociedade organizada, por meio de suas mais respeitadas instituições, conspiram contra os valores espirituais e morais que devem reger a família. Nesse tempo em que florescem como cogumelo novas seitas bem como novas igrejas introduzindo novidades estranhas às Escrituras, arrebatando multidões aos seus redutos, precisamos nos acautelar e dar ouvidos à exortação do apóstolo João: Não torne atrás! Não vá além da doutrina! Não caminhe junto com os falsos mestres!

É legítima a comemoração do Natal?



Por Hernandes Dias Lopes
O Natal é uma festa cristã e não pagã. Há uma onda entre alguns cristãos, na atualidade, taxando aqueles que comemoram o Natal de serem infiéis e heterodoxos, dizendo que essa comemoração não é legítima nem cristã. Precisamos, a bem da verdade, pontuar algumas coisas:
1. A distorção do Natal. 
Ao longo dos anos o Natal tem sido desfigurado com algumas inovações estranhas às Escrituras. Vejamos: Primeiro, o Papai-Noel. O bojudo velhinho Papai-Noel, garoto propaganda do comércio guloso, tem sido o grande personagem do Natal secularizado, trazendo a ideia de que Natal é comércio e consumismo. Natal, porém, não é presente do homem para o homem, é presente de Deus para o homem. Natal não é a festa do consumismo; é a festa da graça. Natal não é festa terrena; é festa celestial. Natal é a festa da salvação. Segundo, os símbolos do Natal secularizado. Há muitos símbolos que foram sendo agregados ao Natal, que nada tem a ver com ele, como o presépio, a árvore natalina, as luzes, os trenós, a troca de presentes. Essa embalagem, embora, tão atraente, esconde em vez de revelar o verdadeiro Natal. Encantar-se com a embalagem e dispensar o conteúdo que ela pretende apresentar é um lamentável equívoco. Terceiro, os banquetes gastronômicos e a troca de presentes não expressam o sentido do Natal. Embora, nada haja de errado celebrarmos com a família e amigos, degustando as iguarias deliciosas provindas do próprio Deus e manifestarmos alegria e expressarmos amor na doação ou mesmo troca de presentes, esse não é o cerne do Natal. Longe de lançar luz sobre o seu sentido, cobre-o com um véu.
2. A proibição do Natal. 
Tão grave quando a distorção do Natal é a proibição da celebração do Natal. Na igreja primitiva a festa do ágape, realizada como prelúdio da santa ceia foi distorcida. A igreja não deixou de celebrar a ceia por causa dessa distorção. Ao contrário, aboliu a distorção e continuou com a ceia. Não podemos jogar a criança fora com a água da bacia. Não podemos considerar o Natal, o nascimento do Salvador, celebrado com entusiasmo tanto pelos anjos como pelos homens, uma festa pagã. Pagão são os acréscimos feitos pelos homens, não o Natal de Jesus. Não celebramos os acréscimos, celebramos Jesus! Não celebramos o Papai-Noel, celebramos o Filho de Deus. Não celebramos a árvore enfeitada, celebramos o Verbo que se fez carne. Não celebramos os banquetes gastronômicos, celebramos o banquete da graça. Não celebramos a troca de presentes, celebramos Jesus, a dádiva suprema de Deus.
3. A celebração do Natal. 
O Natal de Jesus Cristo foi celebrado com grande entusiasmo em Belém. O anjo de Deus apareceu aos pastores e disse-lhes: “Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11). Natal é a boa nova do nascimento de Jesus. É o cumprimento de um plano traçado na eternidade. É a consumação da mensagem dos profetas. É a realização da expectativa do povo de Deus. Natal é a encarnação do Verbo de Deus. É Deus vestindo pele humana. Natal é Deus se fazendo homem e o eterno entrando no tempo. Natal é Jesus sendo apresentado como o Salvador do mundo, o Messias prometido, o Senhor soberano do universo. Quando essa mensagem foi proclamada, os céus se cobriram de anjos, que cantaram: “Glórias a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.14). O verdadeiro Natal traz glória a Deus no céu e paz na terra entre os homens. Natal é boa nova de grande alegria para todo o povo. O verdadeiro Natal foi celebrado com efusiva alegria no céu e na terra. Portanto, prossigamos em celebrar o nascimento do nosso glorioso Salvador!

Impossível a ímpios e cristãos nominais - C. H. Spurgeon





Agrada-te do SENHOR. Salmos 37.4


O ensino destas palavras tem de ser muito surpreendente àqueles que são estranhos à piedade vital. Mas para o crente sincero este ensino é apenas a repetição de uma verdade reconhecida. A vida do crente é descrita como agradar-se do Senhor; e somos assegurados do grande fato de que o verdadeiro cristianismo transborda felicidade e alegria. Pessoas ímpias e cristãos nominais nunca vêm o cristianismo autêntico como algo que produz gozo.

Para eles, o verdadeiro cristianismo é um serviço, dever ou necessidade; nunca, porém, deleite ou satisfação. Se de algum modo eles participam do cristianismo, o fazem porque desejam obter benefícios pessoais ou porque não ousam se comportar de outra maneira.

O pensamento de deleite no cristianismo é tão estranho para muitas pessoas, que duas palavras do vocabulário delas têm de permanecer separadas uma da outra: "santidade" e "deleite". Mas os crentes que conhecem a Cristo entendem que deleite e fé estão unidos de tal modo que as portas do inferno não podem prevalecer para separá-las. Aqueles que amam a Deus com todo o seu coração descobrem que os caminhos dEle "são caminhos deliciosos, e todas a suas veredas, paz" (Provérbios 3.17).

Tais alegrias, fartos deleites e venturas abundantes são descobertos, de tal forma, pelos santos, em seu Senhor, que, ao contrário de servi-Lo de forma costumaria, eles O seguiriam mesmo que todo o mundo banisse o nome dEle como mau. Nossa fé não é algemas, assim como a confissão de ser verdadeiro cristão não é escravidão. Não somos arrastados à santidade, nem empurrados ao dever. Não, a nossa piedade é o nosso prazer; nossa esperança é a nossa felicidade; e nosso dever é o nosso deleite. Contentamento e religião verdadeira são tão aliadas quanto a flor e a raiz — tão indivisíveis quanto a verdade e a certeza. Elas são, de fato, duas jóias preciosas, brilhando lado a lado, numa armação de ouro.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Louvor incondicional? Será? – John Stott



Ganha popularidade em alguns círculos cristãos a estranha noção de que o maior segredo da liberdade e vitória cristãs é o louvor incondicional; de que um marido deve louvar a Deus pelo adultério da esposa, e a esposa, pelo alcoolismo do marido; e que até mesmo as calamidades mais assustadoras da vida devem se tornar motivo de gratidão e louvor.

Essa sugestão é, na melhor das hipóteses, uma perigosa meia-verdade, e, na pior das hipóteses, algo ridículo ou até mesmo blasfemo. Obviamente, os filhos de Deus aprendem a não argumentar com ele em seu sofrimento, mas a confiar nele e, realmente, ser-lhe grato por sua amorosa providência, por meio da qual ele pode transformar até mesmo um mal em algum propósito bom (e.g., Rm 8.28). Mas isso é louvar a Deus por ele ser Deus, e não louvá-lo pelo mal. 

Fazer isso seria reagir de forma insensível à dor das pessoas (quando as Escrituras nos dizem que devemos chorar com os que choram) e até mesmo desculpar e encorajar o mal (quando as Escrituras nos dizem que devemos odiá-lo e resistir ao Demônio). Deus abomina o mal, e não podemos louvá-lo nem render-lhe graças por aquilo que ele abomina.

Ingratidão - Martinho Lutero




“Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo? Tomarei o cálice da salvação, e invocarei o nome do Senhor”. (Sl 116.12.a)

Assim está escrito no Salmo. E Deus nosso Senhor diz: Sim, meu filho, isso já me basta”.

Mas, são poucos dos quais o bondoso Pai recebe isso. A maioria despreza sua palavra e blasfema, ignorando que tudo que temos nos foi dado por Deus em sua graça. Mas não se limitam a isso. Chegam a ponto de pendurar no madeiro o Filho de Deus, que foi enviado por Deus para nosso consolo e para salvação do pecado e da morte eterna. Seria de esperar que Deus fosse, simplesmente, inimigo desse mundo, recusando-se a fazer-lhe o bem. Mas ele não se irrita; continua sendo bondoso e gracioso, ajudando, apesar de tudo.

Por isso, não basta aprender a ser agradecido. É preciso aprender também a virtude que aceita a ingratidão. E essa virtude somente Deus e o verdadeiro cristão têm.

Portanto, quem deseja ser cristão, deve aprender que sua bondade, fidelidade e serviço nem sempre virão acompanhados de agradecimento. Ele também terá de estar disposto a receber ingratidão. Agora, não devemos deixar que isso mude o nosso comportamento, fazendo com que desistamos de servir e ajudar os outros. Pois, se alguém se esforça ao máximo, e em troca só recebe desaforos, é virtude cristã e genuíno fruto da fé saber dizer:

“Não se preocupe, porque isso não vai me fazer perder a calma nem que desanime. Vou agüentar firme e, apesar de tudo, ajudar onde for possível. Se você é ingrato, sei de alguém maior do que a gente no céu; ele vai dizer o ‘muito obrigado’ em seu lugar, e isso me será preferível a sua ingratidão”

Essa é uma atitude cristã e , no dizer de Salomão, é como derramar brasas vivas sobre a cabeça do ingrato.

Deus Existe?

Deus Existe? Veja a Resposta que uma Criança deu a um Professor. Fonte: http://naomordamaca.com/

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O que os outros dizem de você - Jonathan Edwards

Fonte: http://www.vemver.tv/

domingo, 4 de dezembro de 2011

Revolução do Amor

Revolução do Amor from MAISNOMUNDO on Vimeo.

Fonte: http://www.maisnomundo.org/