sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A falsa "unidade" e o dever da separação



Em tempos antigos, quando algumas das Igrejas de Cristo começaram a livrar-se do jugo do Papado que pesava sobre seus pescoços, o argumento usado contra a reforma era a necessidade de manter a unidade. "Você precisa ser paciente com esta ou aquela cerimônia e com este ou aquele dogma; não importa quão anticristão e profano. Você precisa ser paciente quanto a isso, 'esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz'".

Assim falou a velha serpente naqueles dias antigos: "A Igreja é una; ai daqueles que semeiam o cisma! Pode até ser verdade que Maria tenha sido posta no lugar de Cristo, que as imagens são adoradas, que vestimentas e trapos podres são reverenciados, e que o perdão é comprado e vendido para crimes de todo tipo; pode ser que a assim chamada igreja tenha se tornado uma abominação e uma moléstia sobre a face da terra; mas ainda assim, ' esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz ', você deve curvar-se, reprimir o testemunho do Espírito de Deus dentro de você, esconder a Sua verdade sob um alqueire, e deixar a mentira prevalecer."

Este foi o grande sofisma da Igreja de Roma. Porém, quando ela não pôde mais seduzir os homens falando de amor e união, ela passou a usar o seu tom mais natural de voz, e amaldiçoou diretamente, a torto e a direito, de todo coração: e manteve a maldição até que ela mesma expire!

Irmãos, não havia nenhuma força no argumento dos Papistas. Efésios 4:3 insta para que nos esforcemos em manter a unidade do Espírito, mas não nos diz para manter a unidade do mal, a unidade da superstição, ou a unidade da tirania espiritual. A unidade do erro, da falsa doutrina, da tirania dos bispos, pode incluir o espírito de Satanás; não temos nenhuma dúvida disso; mas que esta seja a unidade do Espírito de Deus nós negamos veementemente. A unidade do mal nós devemos demolir com todas as armas que nossas mãos puderem agarrar. A unidade do Espírito, a qual devemos manter e nutrir, é outra coisa completamente diferente.

Lembrem-se que somos proibidos de fazer o mal para que venha o bem. Mas conter o testemunho do Espírito de Deus dentro de nós, esconder qualquer verdade que tenhamos aprendido pela revelação de Deus, refrear-nos de testemunhar pela verdade de Deus e da Sua Palavra contra o pecado e a tolice das invenções dos homens, todos estes seriam pecados dos mais imundos. Não ousamos cometer o pecado de extinguir o Espírito Santo, ainda que seja com a intenção de promover a unidade.

Certamente a unidade do Espírito nunca requer algum apoio pecaminoso; ela não é mantida suprimindo a verdade, e sim apregoando-a por toda parte. A unidade do Espírito tem como sustentação, dentre outras coisas, o testemunho de santos espiritualmente iluminados com relação à fé que Deus revelou em Sua Palavra. Aquela unidade, é uma unidade totalmente diferente que amordaçaria nossas bocas e nos transformaria em gado imbecilmente dirigido, para ser alimentado e depois abatido ao bel prazer de mestres sacerdotais.

O Dr. McNeil disse, acertadamente, que dificilmente um homem pode ser um Cristão sério em nossos dias sem ser um controversista. Somos enviados hoje como ovelhas para o meio de lobos. Pode haver acordo? Somos acesos como luminares no meio da escuridão. Poder haver conciliação? Não foi o próprio Cristo que disse, "Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada"? Vocês compreendem como esse é o mais verdadeiro método de esforçar-se para manter a unidade do Espírito; porque Cristo o homem de guerra, é Jesus o Pacificador; mas para a criação de paz duradoura, espiritual, as falanges do mal devem ser destruídas, e a unidade das trevas arrojada em tremor.

Peço sempre a Deus que nos preserve de uma unidade na qual a verdade seja considerada sem valor, na qual princípios dêem lugar à políticas, na qual as virtudes nobres e varonis que adornam o herói Cristão tenham que ser completadas por uma afetação efeminada de amor. Que o Senhor possa nos livrar da indiferença para com a Sua Palavra e vontade; porque isso cria a unidade fria de massas de gelo unidas em um iceberg, esfriando o ar por milhas ao redor, a unidade dos mortos enquanto dormem nas sepulturas, lutando por nada, porque não têm parte nem herança em tudo aquilo que pertence aos viventes. Há uma unidade que raramente é quebrada: a unidade dos demônios que, sob o serviço do seu grande mestre e senhor, nunca discordam nem disputam. Protege-nos desta terrível unidade, ó Deus dos céus! A unidade dos gafanhotos que têm um objetivo comum, com a sua glutonaria que arruína tudo ao seu redor; a unidade das ondas de fogo de Tofete, que arrasta miríades para a miséria mais profunda. Disso também, ó Rei dos céus, livra-nos para sempre!

Que Deus perpetuamente nos envie algum profeta que clame em alta voz para o mundo: "Sua aliança com a morte será anulada, e seu acordo com inferno não permanecerá". Que sempre tenhamos alguns homens, mesmo que sejam ásperos como Amós, ou austeros como Ageu, que denunciem sempre de novo qualquer associação com o erro e qualquer acordo com o pecado, e declarem que estas coisas são abomináveis para Deus.

Nunca imaginem que a contenda santa seja uma violação de Efésios 4:3. A destruição de todo tipo de unidade que não está baseada na verdade é uma preliminar necessária à edificação da unidade do Espírito. Precisamos primeiro derrubar estas paredes feitas de argamassa ruim – estes muros cambaleantes construídos pelo homem – para que possa haver espaço para as excelentes rochas dos muros de Jerusalém colocadas umas sobre as outras para uma permanente e duradoura prosperidade.

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Ame a Igreja – C. H. Spurgeon




Levantar-te-ás e terás piedade de Sião; é tempo de te compadeceres dela, e já é vinda a sua hora; porque os teus servos amam até as pedras de Sião e se condoem do seu pó.

Salmos 102.13-14


Sim, nossas orações em favor da igreja serão ouvidas. O tempo determinado dEle se compadecer está chegando. Nós amamos a reunião de oração, a Escola Dominical e todos os cultos na casa do Senhor. Em nossos corações, estamos unidos a todo o povo de Deus e podemos, realmente, dizer:


Nenhuma ovelha de teu rebanho Eu mesmo deixaria de alimentar. Diante da face de nenhum inimigo Eu teria medo de tua causa defender.


Se este é nosso sentimento geral, logo desfrutaremos de tempos de refrigério da presença do Senhor. Nossa igrejas ficarão cheias, os crentes serão despertados e os pecadores, convertidos. Isto somente pode acontecer pela misericórdia do Senhor; mas acontecerá, e somos exortados a esperar tal coisa.


O tempo, o tempo dEle se compadecer, se aproxima. Ocupemo-nos, amemos cada pedra de nossa Sião, mesmo que agora ela esteja em ruínas. Valorizemos as mais simples verdades, a menor ordenança, o mais simples crente, embora alguns indivíduos os desprezem, considerando-os apenas como poeira.


Quando nos compadecermos de Sião, Deus estará prestes a se compadecer dela. Quando temos prazer na obra do Senhor, o próprio Senhor encontrará prazer nela.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Conjunto musical ou ministério de Louvor?

Grupo



Depois de publicar tantos livros na área de louvor e de adoração, frequentemente aparecem temas que precisam ser atualizados. E este é um deles. Meus livros publicados desde 1985 nesta área foram: O Ministério de Louvor da Igreja; Louvor e a Edificação da Igreja; Ministério de Louvor: Revolução na Vida da Igreja; Formando Verdadeiros Adoradores, Deixem Soar os Tamborins e, por último o Livro de Ouro do Ministério de Louvor. Da lista acima apenas Deixem Soar os Tamborins e o Livro de Ouro do Ministério de Louvor estão disponíveis no mercado.
Apesar de tanta informação e orientação e de tantos livros publicados por autores brasileiros e estrangeiros, e de haver também seminários de treinamento nesta área por todo o Brasil – com Marcos Witt, Asaph Borba, Sóstenes Mendes, Gerson Ortega, Adhemar de Campos,  Massao Suguihara – apenas para citar os dinossauros (termo que uso para os pais do ministério de louvor no Brasil e no mundo) – que me desculpem o Sóstenes e o Massao, mas eles entraram também na galeria dos dinos – percebo que abundam grupos ou conjuntos ou bandas gospel, mas poucos grupos ou bandas que se dedicam exclusivamente a levar o povo a adorar a Deus e não a participarem de shows.
Alguns que aqui citei lutam constantemente com a tentação de participarem de shows e de fazer escolhas entre o palco e o altar; entre serem obsequiados com ofertas generosas e cobrar cachês altíssimos – e olha que as despesas desses irmãos são enormes – e, no entanto, até onde sei procuram manter uma postura ética no ministério que receberam de Deus.
Bem, apesar de tanta informação disponível, poucos são os grupos de louvor das igrejas que se dedicam ao ministério com a missão de treinar e levar a congregação local na vida de louvor e de adoração. 
A maior parte dos grupos que conheço é formada para dar show, gingar, ter  fama e lucrar com o ministério de louvor, o que é um desperdício do talento musical e do talento espiritual concedido por Deus. Bem, nem todos os grupos têm talento espiritual que é bem diferente do que ter talento técnico e natural. 
Quando converso com os líderes desses grupos eles me afirmam que compõem para glorificar a Deus – intenção muito boa – mas que ao fim e a cabo pensam em sua própria glorificação, em cachês e fama!
E olha que nas Escrituras técnica e espiritualidade andam de mãos dadas. Exemplo disso eram os levitas músicos estabelecidos por Davi para adoração vinte e quatro horas. Eram homens capacitados, que entendiam de música e de técnica apurada, unicamente para Deus. Quer dizer, técnica musical e espiritualidade a serviço de Deus, já que foram postos ali no templo para o serviço de Deus e não para agradar o gosto musical do povo.
E não me refiro aqui a melodia, ritmos e instrumentos musicais – porque adoração independe dessas coisas – já que adorar é estilo de vida e não estilo musical. Sobre isto trato com profundidade em meu Livro de Ouro do Ministério de Louvor lançado pela Z3 ideias.
São poucos os grupos que se dedicam ao ministério de louvor, e muitos os que se dedicam a shows, inda que tais shows ocorram durante o culto congregacional e sejam limitados a igreja local. 
Na realidade, a maioria dos grupos de louvor pensa apenas em shows durante os cultos da igreja. Para estes o púlpito é o palco e não o altar. Estão mais para show que adoração a Deus.
Talvez resida aí a resistência dos pastores mais antigos aos novos cânticos e aos grupos de louvor, sua resistência à uma nova liturgia preferindo que sejam tocados os hinos dos hinários apenas com piano ou órgão, porque na tentativa de atualizar os cultos da igreja se decepcionam com as apresentações de seus jovens que ainda insistem em show em vez do altar.
Entendo esses pastores e compreendo porque reagem negativamente a tais grupos. Ao frequentar alguns cultos em igrejas pentecostais e históricas e me deparando com tais grupos conduzido o louvor da igreja eu também me decepciono e mais: Sinto-me envergonhado, pois que sou conhecido por inovar e trazer para a igreja brasileira desde 1976 uma nova liturgia. Assim, os pastores me dizem que querem atualizar sua liturgia, mas seus músicos e cantores os decepcionam dando apenas show. Bateristas inexperientes que tocam exacerbadamente alto e acham que as baquetas servem apenas para fazer barulho; guitarras solo com trinados desnecessários em que se percebe que o músico está mais para show do que para louvor; contrabaixos com sons extremamente altos e que, por produzirem sons graves abafam os demais sons; hinos com letras difíceis e incompreensíveis, e às vezes sem métrica alguma em que as letras são engolidas porque não cabem e nem podem ser cantadas com propriedade dentro do compasso perdendo seu sentido, e, por aí continuam as reclamações dos pastores.
Apesar do treinamento e dos seminários de louvor muitos desses músicos desprezam o que lhes é ensinado preferindo andar na contramão da igreja e na mão do mundo realizando shows, inda que o tubo de ensaio deles não seja mais a garagem da casa, mas os cultos da igreja.
Dirigentes de louvor e equipes de músicos das igrejas – ouçam! Enquanto muitos de nós vemos nos cultos da igreja a oportunidade de nos tornar adoradores e mostrar de que tudo o que fazemos é para Deus com técnica e espiritualidade, vocês são pedras de tropeço porque impedem que os pastores mais antigos experimentem uma nova liturgia e tenham em suas igrejas cultos com mais vida e dinamismo do Espírito Santo. Tais pastores esperam tanto de vocês e decepcionados preferem continuar como antigamente!
Insistiremos em ter grupos de louvor e não em ter conjuntos musicais. Leiam os livros disponíveis no mercado, aprofundem-se no conhecimento técnico e espiritual e parem de decepcionar seus pastores!
Mas também dou um conselho aos pastores: 
Todos os músicos e cantores que participam do culto devem ter envolvimento com a vida normal da igreja, isto é, devem participar da evangelização, das reuniões de oração, do discipulado, enfim, envolvidos na vida da igreja, com relacionamentos intensos, com compromissos nos problemas sociais da congregação, ajudando nos projetos etc.
Pastores que me leem! Façam isto, e vocês não terão mais grupos para shows, mas verdadeiros ministros de Deus!

O maior nível de fé, é o descanso!


Descanso


Por  ANA PAULA PESTANA

A Bíblia diz em Isaias 64:4 que desde a antiguidade não se viu, nem jamaisse ouviu de um Deus semelhante a ti, que trabalha por aqueles que Neleesperam. Um Deus que nos dá tudo que precisamos enquanto dormimos enquantoNele descansamos. A nossa força deve estar em confiar e esperar Nele.
Ansiedade e preocupação são ataques a mente, que tem como objetivo nosdesviar a atenção de servir ao Senhor. Vejas as árvores do céu não sabem deonde virá sua próxima refeição; apesar disso jamais vi um pássaro sentadonum galhode árvore tendo um esgotamento nervoso, por causa de preocupação.(Mt 6:26) O Senhor nos instrui a não nos preocuparmos nem ficarmos ansiosos.

Lembre-se: A boca fala do que está cheio o coração, se coisas erradasestiverem circulando nossa mente, então acabarão saindo da nossa boca.
Enquanto descansamos em Deus, ele nos dá tudo o que precisamos, nossa funçãoé descansar e confiar, e colocar Nele nossa esperança. O mundo busca coisas,mas nós buscamos o Senhor. Nosso Pai se deleita em dar coisas boas aos seusfilhos.

A Preocupação retarda nosso progresso. Vamos usar o tempo que Deusnos tem dado, para aquilo que ele planejou. Não gaste o dia de hoje sepreocupando com o dia de amanhã. A graça de Deus está sobre você para lidarcom qualquer necessidade sua hoje, mas a graça de amanhã, não virá a vocêantes que o amanhã chegue. A Palavra é a arma mais poderosa, para vencer apreocupação e a ansiedade. Muitas vezes nossas forças parecem que seacabaram, mas lá em Hebreus 11:32 diz que aqueles homens tiraram forças dassuas fraquezas,em Is 40:29 a Palavra diz que o Senhor fortalece o cansado.

O homem sábio tira de dentro para fora, tudo o que ele precisa. Em meio àsaflições devemos trazer a memória àquilo que nos traz esperança.(Lamentações 3:21). Precisamos alinhar nossos pensamentos e nossas emoçõescom a palavra.

É tempo de aprender a depender do Senhor, de colocar Nele,todas as nossas expectativas e esperança, e esperar Nele, de aquietar a almae deixar o espírito assumir o controle das situações. Descanse no Senhor, edesfrute dos melhoresdias que estão por vir.

Lifehouse - Everything - Legendado

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Alegria indizível, evidência da plenitude do Espírito - Hernandes Dias Lopes



O apóstolo Pedro em sua primeira carta fala da alegria indizível e cheia de glória. Essa alegria é mais do que um sentimento que alimentamos, fruto de circunstâncias favoráveis. Essa alegria não vem de nós mesmos nem dos outros. É uma alegria vinda de cima, gerada por Deus, ação do Espírito Santo em nós. Martyn Lloyd-Jones em seu livro Joy Inspeakeable, afirma que essa alegria é o resultado da plenitude do Espírito Santo. Vamos, agora, considerar algumas características dessa alegria:
Em primeiro lugar, a alegria indizível tem uma origem divina. 
Não produzimos essa alegria indizível na terra. Ela não é resultado de uma personalidade amável, de um temperamento dócil nem mesmo de circunstâncias favoráveis. Nenhuma experiência vivida por nós, por mais intensa e arrebatadora poderia ser classificada como uma alegria indizível e cheia de glória. Essa alegria tem uma origem celestial. Vem do céu. Deus é a fonte dessa alegria. Só na presença dele existe plenitude de alegria. Só na sua destra há delícias perpetuamente.
Em segundo lugar, a alegria indizível tem uma natureza sobrenatural. 
A Bíblia diz que a alegria faz parte do próprio conteúdo do evangelho, pois o evangelho é boa nova de grande alegria. O reino de Deus que está dentro de nós é alegria no Espírito Santo. O fruto do Espírito é alegria e a ordem de Deus é: “Alegrai-vos”. A alegria que nasce em Deus e jorra para o nosso coração por intermédio do Espírito Santo não é apenas um sentimento de bem-estar nem apenas um momento de euforia que se esvai com o tempo. Não é como a alegria passageira que os aventureiros buscam na cama do adultério nem como o êxtase que se busca nas aventuras loucas das drogas. Pelo contrário, é uma alegria pura e santa que asperge a alma com o bálsamo da paz. É um contentamento que domina mente e coração mesmo que as circunstâncias sejam tempestuosas. Pedro fala dessa alegria para os crentes da dispersão, para gente que estava sendo banida da sua terra e perseguida pelo mundo.
Em terceiro lugar, a alegria indizível tem um propósito glorioso. Quando o povo de Deus desfruta da alegria de Deus, o próprio Deus é glorificado. Não há melhor recomendação do evangelho do que um indivíduo experimentar a antecipação da glória neste mundo tenebroso. Não há impacto mais poderoso no mundo do que um cristão, depois de ser torturado, ainda cantar na prisão. Não há argumento mais eloquente acerca do poder do evangelho do que um cristão ser afligido e ainda assim estar com um brilho na sua face e cânticos de louvor em seus lábios. Não há evidência mais robusta acerca do poder de Deus do que um cristão, mesmo depois de enfrentar as perdas mais severas ainda adorar a Deus e dizer: “O Senhor Deus deu, o Senhor Deus tomou, bendito seja o nome do Senhor”.
Em quarto lugar, a alegria indizível tem um resultado extraordinário. 
Se o propósito da alegria indizível é trazer glória ao nome de Deus no céu, o seu resultado é transformar vidas na terra. A alegria indizível do povo de Deus é um testemunho eloquente acerca do poder transformador do evangelho. É um argumento irresistível, uma prova insofismável e uma evidência irrefutável de que o evangelho não é um sugestionamento barato para iludir pessoas incautas, mas o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. A alegria é uma poderosa força evangelizadora na terra. A alegria do povo de Deus é uma voz altissonante acerca da eficácia da mensagem evangélica. Na verdade é uma espécie de apologética final, o argumento irresistível. Neste mundo marcado de tantas más notícias e encharcado de tanta tristeza, podemos experimentar a alegria do céu, a alegria vinda de Deus, a alegria indizível e cheia de glória. Sua alma já transborda dessa alegria? Esse é um privilégio dos remidos do Senhor e uma evidência da plenitude do Espírito Santo.

O que seria ser santo em meio a tanta corrupção?



Por Darlan Boaz Oliveira 
Em tempos de frieza e indiferença, observamos muitos parâmetros sendo usados para avaliação de santidade, prosperidade, e intensidade em Deus. Principalmente no que diz respeito à conduta “evangélica”.Nesses últimos meses andei pensando muito e meditando em algumas coisas vividas em nossos dias. E cheguei à seguinte constatação. Somos realmente radicais ou extremistas?

Viver o radicalismo e ser essencial, básico, ser fundamentado em uma raiz. Não tem muito haver com o que temos determinado como radical fundamentado em usos e costumes de nossas comunidades de fé. Já viver o extremismo, e ser partidário, simpatizante de uma doutrina, ou tendência lisonjear as soluções para problemas sociais. Por isso afirmo que muitas pessoas hoje esqueceram a raiz o básico e fundamentam no exterior, no visível. Tenho me assustado como tem sido proclamado com tamanha veemência algumas linhas doutrinarias por ai, confesso que tenho visto como muitos têm a profissão de fé de sua instituição religiosa mais bem definida a que coisas simples da vida cristã como a Justificação, Salvação. Pessoas têm sido ensinadas a não mais pensar e muito menos questionar ao que a “doutrina” de suas Igrejas assim determina como correto.

Temos assemelhado ao que aconteceu pos- reforma protestante, onde grupos distintos que antes se uniram por uma causa, permitiram com que o interesse pessoal e institucional tornar-se mais importante a que o verdadeiro e justo motivo que os havia unido.Muitas pessoas há tempos atrás caminhavam juntas, ministravam, nos mesmos lugares (conferencias, escolas etc.). E hoje simplesmente por algumas escolhas frutos de linhas doutrinarias essas pessoas nem mesmo comungam no mesmo espírito. Uns por que acham um determinado grupo tradicionalista, outros por que não comungam com pentecostalismo, outros por que não conseguem entender a mensagem dos reformados, e por ai vai. Em meio a tudo isso, temos perdido a essência que e Cristo em nós e a obra justificadora na cruz tem sido deixada de lado, trocada por esforço próprio para alcançar alguma coisa.

Temos perdido um tempo preciso onde deveríamos estar crescendo em leitura e entendimento das escrituras, discutindo coisas tão desnecessárias como vestuário, artes no corpo (tatuagem, piercing) bebidas, musicas secular e vários outros e o que realmente deveria ser primordial no nosso meio temos perdido, conexão e comunhão o que realmente interessa a nós. Não estou aqui incentivando um liberalismo e banalização da grandiosa mensagem da Cruz. Mais uma coisa sei... Se entendêssemos a temática de vida de Jesus cristo, com certeza não julgaríamos ou viveríamos como temos vivido, isolados em nossas ilhas (comunidades de fé/ Igrejas) Mais seriamos pessoas relacionáveis acessíveis e sem tantos compromissos, e compromissos esses que nos deixam cheios porem nunca realizados. Mais uma vez reafirmo “não estou aqui pregando um liberalismo libertino”, mais estou somente dizendo que se examinássemos as sagradas escrituras com a mesma inspiração dos homens que a escreveram, nossa perspectiva seria outra.Não teceríamos comentários do tipo. Fulano esta desviado, simplesmente por que o vimos em um bar com alguns amigos, ou por que em determinado momento observamos alguém que comunga da mesma fé a que eu ouvindo musicas seculares. Temos nossos parâmetros de santidade os quais nunca são os de Deus para determinar santidade ou não. Gosto muito de Is: 64 quando Deus fala que nossa justiça não passa de trapos de imundícia diante dele. Meus queridos amigos e leitores enquanto não quebrarmos os sofismas em nossa mente e entendermos a justificação de cristo na cruz, seremos sempre ilhas intocáveis, lugares que as pessoas que estão a deriva no mar que e o mundo nunca terão acesso. Precisamos ter sempre em mente que somos MAL...Não fazemos nada louvável ... Vivemos nos ILUDINDO... E o mais terrível de tudo somos RELIGIOSOS fruto de sofismas, inverdades que foram tragas a nós como verdades absolutas. Minha oração nesse tempo e que Deus quebre nossas fortalezas de mente, e aprendamos a viver a plenitude da justificação. Sem fardo, ou orgulho, gerando julgamento sobre outras pessoas.

Se envolva, se relacione, seja verdadeiro
Fonte: http://darlanoliveiraperegrino.blogspot.com/

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Clipe Quebrantado - Vineyard Music Brasil

Fonte: http://www.vineyardmusic.com.br/

Melhor que Sacrificar - C. H. Spurgeon




Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar. 1 Samuel 15.22


Saul havia recebido a ordem de matar todos os amalequitas e o gado deles. Ao invés de fazer isso, Saul preservou o rei dos amalequitas e permitiu que o povo tomasse o melhor dos bois e das ovelhas. Quando foi chamado para explicar essa atitude, Saul disse que o fizera com a intenção de oferecer sacrifícios a Deus.

Samuel, porém, lhe assegurou que sacrifícios não eram uma desculpa para um ato de rebelião direta. As palavras do versículo de hoje têm de ser impressas em letras de ouro e penduradas diante dos olhos da presente geração idólatra. Os homens desta geração gostam muito de seguir a sua própria vontade, mas rejeitam completamente as leis de Deus.

Sempre devemos nos lembrar que andar estritamente no caminho dos mandamentos de nosso Senhor é melhor do que qualquer forma de religiosidade exterior. Se você está falhando em obedecer ao menor dos mandamentos de Cristo para os seus discípulos, não seja mais desobediente. Todas as suas pretensões de devoção ao seu Senhor e todas as atitudes de devoção que você pode realizar não constituem um motivo para a sua desobediência.

"Obedecer", mesmo nas ordens mais brandas e menores, "é melhor do que sacrificar", embora o sacrifício seja pomposo. Não seja distraído pela ornamentação das catedrais, pelas vestes suntuosas, pelos incensos e por outros aparatos religiosos. A primeira coisa que Deus requer de seus filhos é a obediência. Ainda que você ofereça seu corpo para ser queimado como mártir e dê todos os seus bens para alimentar os pobres, se você não obedecer aos preceitos do Senhor, todas as suas formalidades não lhe trarão qualquer proveito. Ser ensinável como uma criança é uma atitude bem-aventura; todavia, ainda mais bem-aventurado é fazer a lição ao pé da letra. Muitos adornam os seus templos, mas se recusam a obedecer aos preceitos do Senhor! Não seja semelhante a eles.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Oração de um pecador



Escrito por 
Oi Jesus, sou eu..
Vim falar com o Senhor mais uma vez… Me sinto constrangido… Sempre é a mesma coisa… Peco e depois vou falar contigo pedindo perdão, mas me sinto um mentiroso, porque sempre acabo voltando as mesmas práticas… Só que no meu coração há o desejo de viver pra ti. Não queria estar neste ciclo… Mas eu não consigo!!! Na verdade nem queria estar aqui falando com o Senhor…. Não pelo Senhor, mas por mim mesmo. Poxa!! De novo cai e venho aqui falar com o Senhor… Mas e amanhã? Vou ficar caindo e pedindo perdão??? É muita cara de pau! Já não aguento mais isso!
Oi filho!
Que bom que você veio falar comigo! Tenho visto você viver esse ciclo de quedas.
Pois é! To aqui buscando perdão mas já com medo de amanhã! Parece que há uma certeza de que vou retornar a cair!!!
Filhão….o problema é que você não está verdadeiramente arrependido. O que você está sentindo é remorso. Está chateado com você mesmo, com o fato de não ser bom o suficiente pra mim. Só que você deveria se entristecer por estar pecando contra mim e não por “me desapontar”.
Remorso está para Judas assim como arrependimento está para Pedro.
Mas claro que estou desapontado comigo mesmo! Eu sou um lixo!
Filho, aprenda: Remorso gera frustração, arrependimento gera frutos.
O verdadeiro arrependimento precisa gerar frutos (Mateus 3:8). Isso é se reconciliar comigo.
Mas Jesus, eu não presto pra nada! To pecando direto!
Filho, o diabo é o acusador. Ele vai ficar lançando pensamentos em sua cabeça para que você se sinta um lixo. Dessa maneira, em vez de você se arrepender, sente remorso, sente pena de você mesmo por não alcançar algo que queria e falhou.  Remorso vem do homem mas o arrependimento é gerado pelo Espirito Santo.
Hum… Mas…. Eu não sei o que fazer…
Filho, a você tem deixado a voz do diabo falar mais do que minha voz. Por exemplo: Quando você faz algo que me adora, o diabo diz:
- Hunf! Vamos ver até quando isso vai… Aposto que vai cair logo, logo!
Por outro lado, o Eu te digo:
- Meu filho amado, estou feliz por isso. Eu te amo! Você é especial para mim e tenho um propósito em sua vida.
Agora, quando você peca o diabo diz:
- Não falei? Não falei???? Hahahaha! Você não vale nada!!! Você é isso ai seu lixo! Acha que engana quem com essa cara! Esse é seu “eu” verdadeiro! Hahaha! Que cara podre!
Por outro lado, eu digo:
- Meu filho amado, em mim você encontra perdão. Eu continuo te amando! Você é especial para mim e tenho um propósito em sua vida.
Mas você insiste em ouvir a voz do diabo…
Mas…. Eu to pecando direto!
Filho, por isso mesmo eu morri por você na cruz. Eu sei que você é falho, mas não há nada que você possa fazer que vá diminuir meu amor por você, meu amor é mais forte que a morte!
… Hum… Mesmo com este tanto de pecados? Eu fiz isso, aquilo e aquilo outro que eu jamais imaginei que faria! Cheguei verdadeiramente no fundo do poço!
Meu filho, não há pecado maior ou mais poderoso que meu sangue vertido na cruz por você.
Ignore a voz do mundo, do diabo e até mesmo a voz do seu próprio coração!
Então, o Senhor ainda me ama?
Hahaha! Claro filho! Meu amor é incondicional. Significa que não há pecado ou atitude suficientemente forte que possa diminuir meu amor por você. (Post Deus não te ama mais…) No entanto, isso não te dá o direito de sair por ai pecando. Eu tenho poder pra te libertar do pecado mas preste atenção como você vai usar essa liberdade.  (Gálatas 5)
E o que eu faço?
Ouça a minha voz. E uma maneria de fazer isso é lendo e conhecendo a bíblia. O que ela diz quando você peca?
Hum… 1 João 1:9 diz: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
Exato! E ainda tem mais:
Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri. Dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. (Salmo 32:5)
O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. (Provérbios 28:13)
Mas e se eu cair amanhã?
Eu disse, pare de ouvir a voz do seu coração, ouça a minha voz dita na bíblia. Olha estes versos:
Como purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra. De todo o meu coração te busquei; não me deixes desviar dos teus mandamentos. Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti. (Salmos 119:9-11)
Creia mais em minha palavra do que em seu próprio coração. Ainda que seu próprio coração te aborreça, entregue-se ao que minha palavra diz, pois ela é maior do que seu coração enganoso. (1 João 3:20)
=)
Obrigado Jesus!!! Te amo!
Obrigado por me perdoar e limpar-me dos pecados. Obrigado por morrer na cruz e mostrado seu imenso e incondicional amor.
Também te amo filho! Sempre te amei! Antes de você  nascer eu já te amava. Tenho um propósito em sua vida e eu quero cumprí-lo!
Valeu Jesus! Amém…

A santidade não tem nada a ver com usos e costumes



Por Augustus Nicodemus

Ser santo não é guardar uma série de regras e normas concernentes ao vestuário e tamanho do cabelo. Não é ser contra piercing, tatuagem, filmes da Disney, a Bíblia na Linguagem de Hoje. Não é só ouvir música evangélica, nunca ir à praia ou ao campo de futebol e nunca tomar um copo de vinho ou uma cerveja. Não é viver jejuando e orando, isolado dos outros, andar de paletó e gravata. Para muitos, santidade está ligada a esse tipo de coisas. Duvido que estas coisas funcionem. Elas não mortificam a inveja, a cobiça, a ganância, os pensamentos impuros, a raiva, a incredulidade, o temor dos homens, a preguiça, a mentira. Nenhuma dessas abstinências e regras conseguem, de fato, crucificar o velho homem com seus feitos. Elas têm aparência de piedade, mas não tem poder algum contra a carne. Foi o que Paulo tentou explicar aos colossenses, muito tempo atrás: 

“Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade” Colossenses 2.23.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pregar Apenas a Palavra de Deus

 
Por Charles Haddon Spurgeon
Também estamos resolvidos a pregar apenas a Palavra de Deus. Em grande parte, a alienação das massas ao ouvir o evangelho se explica pelo triste fato de que nem sempre é o evangelho que ouvem quando se dirigem aos lugares de culto, e tudo o mais fracassa em fornecer o que suas almas precisam. Será que você nunca ouviu falar de um rei que fez uma série de grandes banquetes e convidou muitas pessoas, semana após semana? Ele tinha um bom número de servos encarregados de servir sua mesa; e, nos dias marcados, estes saíram e falaram com as pessoas. Mas, de alguma forma, depois de um tempo a maior parte das pessoas não vinha às festas. O número de convidados que comparecia era decrescente; a grande massa de cidadãos dava as costas aos banquetes. O rei indagou e descobriu que o alimento providenciado não parecia satisfazer os homens que vinham olhar os banquetes e, por isso, não vinham mais. Ele resolveu examinar pessoalmente as mesas e os alimentos servidos. Viu muita coisa fina e muitas peças expostas que não eram de seus armazéns. Olhou a comida e disse: "Mas o que é isso? Como esses pratos chegaram aqui? Não são do meu suprimento. Meus bois cevados foram mortos, mas não vejo carne de animais engordados, e sim carne dura de gado magro e faminto. Os ossos estão aqui, onde está a gordura e o tutano? O pão também é de má qualidade, onde está o meu que é feito do melhor trigo? O vinho está misturado com água, e a água não é de um poço limpo".

Um dos presentes respondeu: "Ó rei, achamos que o povo estaria farto de tutano e gordura, assim lhes demos osso e cartilagem para pôr seus dentes à prova. Achamos também que estariam cansados do melhor pão branco, por isso assamos uns poucos em nossas casas, nos quais deixamos o farelo e a casca dos cereais. É opinião dos doutos que nosso alimento é mais adequado a esses tempos do que aquele que vossa majestade prescreveu há tanto tempo. Em relação aos vinhos com borra, o gosto dos homens não é esse na época atual; além disso, um líquido tão transparente como a água pura é uma bebida leve demais para homens que estão acostumados a beber do rio do Egito, cujo gosto é do barro que vem das montanhas da Lua".

Assim, o rei entendeu porque as pessoas não vinham aos banquetes. Será que esse é o motivo pelo qual a casa de Deus tem se tornado tão desagradável para uma grande parcela da população? Creio que sim. Será que os servos do Senhor têm picado seus restos de miscelâneas e pequenas máculas para com isso fazer uma carne cozida para os milhões de fiéis, e, por isso, estes se afastam? Ouça o resto da minha parábola. O rei indignado exclamou: "Esvaziem as mesas! Joguem todo esse lixo para os cães. Tragam os barões da carne, mostrem minha comida real. Tirem essas bugigangas do salão e aquele pão adulterado da mesa e lancem fora a água do rio barrento". Eles fizeram como o rei mandou, e se minha parábola estiver certa, logo houve um rumor pelas ruas de que verdadeiras delícias reais eram oferecidas ali, o povo encheu o palácio e o nome do rei tornou-se de grande excelência por toda terra. Vamos experimentar esse plano. Quem sabe logo estaremos nos regozijando em ver o banquete do Mestre cheio de hóspedes.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O que é Um Evangélico?

Então vocês verão novamente a diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a Deus e os que não o servem. Ml 3:18
A religiosidade está em alta. E a griffe evangélico mais em evidência do que nunca. Aliás, nunca foi tão chic ser evangélico e “gospel” dá status. O resultado é uma confusão tamanha que para fugir dela alguns chegam a dizer “não sou evangélico”. Mesmos sendo. Vamos tentar nos encontrar no meio desse emaranhado que se tornou o cristianismo protestante. Vamos tentar enxergar alguns pontilhados que sirvam de linhas divisórias.
A primeira divisão a ser feita é entre ateus e teístas. Ateu é aquele que a Bíblia chama de tolo por pensar que "Deus não existe" (Sl 14:1). Por comparação, o teísta é o que admite a existência de Deus, por entender que “quem dele se aproxima precisa crer que ele existe" (Hb 11:6). Equilibrando-se entre esses dois extremos temos os deístas, existindo em duas formas, uma ateísta e outra teísta. O deísmo ateísta confia nas forças da natureza, o deísta crê num poder acima da natureza, mas não o identifica como o Deus que se revela dos cristãos ou o de nenhuma outra religião. E necessário dizer que muitos que se dizem cristãos evangélicos são deístas na prática.

Entre os teístas, precisamos diferenciar os cristãos dos pagãos. Os pagãos são os que adoram um ou vários deuses diferentes do Deus da Bíblia. Temos um exemplo neotestamentário nos atenienses: “Então Paulo levantou-se na reunião do Areópago e disse: "Atenienses! Vejo que em todos os aspectos vocês são muito religiosos, pois, andando pela cidade, observei cuidadosamente seus objetos de culto e encontrei até um altar com esta inscrição: AO DEUS DESCONHECIDO” (At 17:22-23). Idólatras ou politeístas, os pagãos diferem dos cristãos pois estes reconhecem que “o Senhor é Deus em cima nos céus e embaixo na terra. Não há nenhum outro” (Dt 4:39).

Apesar do exclusivismo cristão, no que se refere ao deus vivo, há várias ramificações dentro do cristianismo e uma linha divisória principal pode ser traçada separando o catolicismo romano do protestantismo bíblico. A qualificação bíblico para protestantismo é necessária pois muitos evangélicos, ditos protestantes, são tão ou mais supersticiosos que um romanista medieval. Vejamos alguns pontos distintivos do protestante identificado com o cristianismo bíblico.

A primeira diferença está na regra de fé, ou dizendo de outro modo, a fonte de autoridade. O romanismo recorre à autoridade do papa e da tradição, as quais são necessárias para validar a autoridade da Escritura. O protestantismo nominal recorre a apóstolos modernos e líderes carismáticos, além de profecias não julgadas, para nortear a sua conduta e para definir quais partes da Bíblia se aplicam à sua vida. A uns e outros aplica-se a repreensão de Jesus: “Assim vocês anulam a palavra de Deus, por meio da tradição que vocês mesmos transmitiram. E fazem muitas coisas como essa" (Mc 7:13). Já um cristão evangélico reconhece a Escritura como sua única fonte de fé, prática cúltica e conduta civil. Todas as demais autoridades à que se sujeita, o faz somente na medida em que reconhece que ela deriva e concorda com o que a Bíblia ordena, colocando-se sob o dever de discordar e desobedecer a qualquer autoridade que queira constranger sua consciência contra a Bíblia Sagrada, pois crê que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2Tm 3:16-17).

Outra distinção a ser feita é quanto à fonte da salvação. O romanismo advoga a capacidade humana de, pelo menos, cooperar com a graça, enxergando no homem capacidade para tal. De igual modo, o evangélico popular presume que o homem tem livre-arbítrio que o capacita a aceitar por si mesmo a Cristo. Dessa forma, para ambos, o homem é capaz de iniciar e/ou complementar a operação da salvação, seja atraindo ou cooperando com a graça. O cristianismo bíblico, por sua vez, crê que o homem está completamente morto em pecados e como tal é incapaz de se preparar ou de cooperar com a obra da graça para a sua salvação. Para estes, a salvação é totalmente de Deus, do início ao final, com tudo mais que vem no meio: “Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, deu-nos vida juntamente com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos” (Ef 2:4-5).

Quanto aos instrumentos que Deus usa para salvar, também há divergência entre os evangélicos bíblicos e os demais. Os católicos romanos acreditam numa combinação de fé e obras para a salvação. Os evangélicos nominais, embora neguem a necessidade de obras, admitem que é necessário “colocar a fé em prática”. E a prática consiste de sacrifícios, legalismo e o uso de artifícios supersticiosos, como o uso de fórmulas ou rituais para obter o favor de Deus, especialmente relacionado à prosperidade, saúde e reconhecimentos social. Os cristãos genuínos aceitam a intrumentalidade da fé somente, pura e simples. “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2:8-9), é o que afirmam e vivem, sabendo que é “Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele” (Fp 2:13).

Essa dependência exclusiva da fé por parte dos evangélicos bíblicos tem a ver com a causa da nossa salvação. No catolicismo, a salvação se baseia no mérito. E quando há mérito excedente, por obras de supererrogação (que vão além do dever), esses méritos são administrado pelo papa, que assim pode vender indulgências. Evangélicos nominais confiam na mediação de seus líderes ou em pontos de contato, para que obtenham favores divinos. Os cristãos bíblicos rejeitam a intercessão de santos falecidos, a mediação de qualquer homem e o recurso a qualquer fórmula ou objeto, recorrendo e confiando unicamente nAquele que disse "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (Jo 14:6), sabendo que “não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos" (At 4:12), além do nome de Jesus.

Os pontos anteriores levam a uma distinção final entre os verdadeiros evangélicos e aqueles que apenas usam o nome. Trata-se de a quem é dada toda glória. O romanismo cultua aos santos, especialmente a Maria, além de Deus. Embora tente estabelecer uma diferença teórica entre culto de latria, superlatria e dulia, tal tentativa falha em todo aspecto prático. Evangélicos nominais veneram celebridades gospeis, exaltam apóstolos modernos e rendem tributos a homens, dividindo com eles uma glória que é devida unicamente a Deus. Cristãos genuínos, embora dêem graças a Deus por levantar e usar homens e mulheres, reconhecem que Ele o faz para Sua própria glória, e assim rendem louvor unicamente ao seu nome, pois ouvem-no dizer "Eu sou o Senhor; esse é o meu nome! Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor” (Is 42:8) e respondem “Não a nós, Senhor, nenhuma glória para nós, mas sim ao teu nome, por teu amor e por tua fidelidade!” (l 115:1).

Em conclusão, é necessário dizer que todas essas diferenças são exteriores ou manifestas. E podem ser simuladas por simples assentimento intelectual ou aparência de conformidade exterior. Por isso o texto diz “vocês verão novamente a diferença entre o justo e o ímpio” (Ml 3:18). Pois a verdadeira diferença não pode ser percebida pelo homem, precisando ser revelada por Deus, em momento oportuno: quem é salvo e quem não é. Deus determinou um dia, quando Seu Filho porá à sua direita os que salvou e à sua esquerda os que perecerão, ainda que pensassem estar a serviço dEle. "Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo” (Mt 25:34) e “Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos” (Mt 25:41).

Assim, antes e acima de qualquer diferença visível ou aparente, o que realmente importa é: você está salvo? Se ainda não creu na pessoa de Jesus e não depositou toda a sua confiança em Sua obra para sua salvação, então você está perdido. Arrependa-se de seus pecados e creia nEle para sua salvação, nesta vida e para sempre!

Soli Deo Gloria

Fonte: http://cincosolas.blogspot.com/

domingo, 4 de setembro de 2011

O que os outros dizem de Você? - Jonathan Edwards





Considere o que outros podem dizer sobre você. Embora as pessoas estejam cegas quando às suas próprias faltas, facilmente descobrem os erros dos outros — e consideram-se aptas o suficientes para falar deles. Algumas vezes, as pessoas vivem de maneiras que absolutamente não são adequadas, porém estão cegas para si mesmas. Não vêem seus próprios fracassos, embora os erros dos outros lhes sejam perfeitamente claros e evidentes. Elas mesmos não vêem suas falhas; quanto às dos outros, não podem fechar os olhos ou evitar ver em que falharam.

Alguns, por exemplo, são inconscientemente muito orgulhosos. Mas o problema aparece notório aos outros. Alguns são muito mundanos ainda que não sejam conscientes disso. Alguns são maliciosos e invejosos. Os outros vêem isso, e para eles lhes parecem verdadeiramente dignos de ódio. Porém, aqueles que têm esses problemas não refletem sobre eles. Não há verdade no seu coração e nem nos seus olhos em tais casos. Assim devemos ouvir o que os outros dizem de nós, observar sobre o que eles nos acusam, atentar para que erro encontram em nós, e com diligência verificar se há algum fundamento nisso.

Se outros nos acusam de orgulhosos, mundanos, maus ou maliciosos — ou nos acusam de qualquer outra condição ou prática maldosa — deveríamos honestamente nos questionar se isso é verdade. A acusação pode nos parecer completamente infundada, e podemos pensar que os motivos ou o espírito do acusador está errado. Porém, a pessoa perspicaz verá isso como uma ocasião para um auto-exame.

Deveríamos especialmente ouvir o que os nossos amigos dizem para nós e sobre nós. É imprudente, bem como não-cristão, tomar isso como ofensa e se ressentir quando os outros apontam nossas falhas. "Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos" (Pv 27.6). Deveríamos nos alegrar que nossas máculas foram identificadas.

Mas, também deveríamos atentar para as coisas sobre as quais os nossos inimigos nos acusam. Se eles nos difamam e nos insultam descaradamente — até mesmo com uma atitude incorreta — deveríamos considerar isso como um motivo para uma reflexão no íntimo, e nos perguntar se há alguma verdade no que está sendo dito. Mesmo se o que for dito é revelado de modo reprovável e injurioso, ainda pode ser que haja alguma verdade nisso. Quando as pessoas criticam outras, mesmo se seus motivos forem errados, provavelmente têm como alvo verdadeiros erros. Na verdade, nossos inimigos provavelmente nos atacam onde somos mais fracos e mais defeituosos; e onde demos mais abertura para a crítica. Tendem a nos atacar onde menos podemos nos defender. Aqueles que nos insultam — embora o façam com um espírito e modos não-cristãos — geralmente identificarão as genuínas áreas onde mais podemos ser achados culpados.

Assim, quando ouvirmos outros falando de nós nas nossas costas, não importa o espírito de crítica, a resposta certa é a auto-reflexão e uma avaliação quanto à verdade da culpa em relação aos erros de que nos acusam. Com certeza essa resposta é mais piedosa do que ficar furioso, revidar ou desprezá-los por terem falado maldosamente. Desse modo talvez tiremos o bem do mal, e esta é a maneira mais certa de derrotar o plano dos nossos inimigos, que nos injuriam e caluniam. Eles fazem isso com motivação errada, querendo nos injuriar. Mas, dessa maneira converteremos isso em nosso próprio favor.