terça-feira, 28 de junho de 2011

Igrejas e as Técnicas Carnais – Paul Washer



Fonte: http://www.vemver.tv/

A Importância da Liderança Espiritual




























Por John Crotts


Duas filas se formaram à entrada da igreja, numa reunião para homens. Uma longa fila permanecia em frente à porta marcada: “Homens que não são os líderes espirituais de suas famílias”. Na outra porta, lia-se: “Homens que são os líderes espirituais de suas famílias”. Somente um homem permaneceu nesta fila. Quando lhe perguntaram qual era o seu grande segredo, ele deu de ombros e respondeu: “Apenas estou onde minha esposa mandou que eu ficasse”.

Há uma necessidade evidente em nossos dias por homens que assumam a liderança espiritual de suas famílias. Ao invés de abraçarem o papel e as responsabilidades que Deus lhes confiou, muitos homens que alegam ser seguidores de Cristo ou são ditadores ou são “moles”. Certamente, muitas expectativas e ideias erradas nublaram a verdade nesta área da vida em família.

O objetivo deste livrete é motivar, equipar e encorajar homens a incrementarem sua liderança espiritual em casa. Primeiramente, vamos tentar resumir a liderança espiritual em seus componentes básicos, para, então, buscar conselhos práticos que implementem as questões mais importantes em sua família.
Todavia, antes de iniciar, temos de considerar a vasta im­portância dos homens tornarem-se líderes de família e crescerem como tais. Observemos quatro fatores que demonstram quão importantes é este tópico.
Primeiro, importa aos homens liderarem suas famílias porque Densos fez líderes. Em 1 Coríntios 11.3 lemos: “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo”. Esta verdade ecoa em Efésios 5.22-23, que diz: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo”.

Você notou que nenhum destes versos ordena que o esposo se torne o cabeça ou líder de sua casa? Deus diz que o esposo é o líder. A única pergunta é se ele é um bom líder ou não! Após uma cerimônia de comissão, um novo oficial no exército é líder por patente, mas a liderança tem de ser estabelecida na prática. Acontece o mesmo nos casamentos! Você alcança o posto após os votos matrimoniais, mas precisa colocar a liderança em prática. Você precisa assumir as responsabilidades do papel estabelecido por Deus para você!
O segundo fator que mostra a importância na questão de homens na liderança dos lares é o efeito “multiplicar”. Se o pai andar com Deus e ensinar sua esposa e seus filhos a amarem a Deus e obedecerem à sua Palavra, esse homem terá uma famí­lia forte. Uma família forte, por sua vez, tem o potencial para influenciar poderosamente tanto a igreja quanto a sociedade.
O Salmo 127.3 chama os filhos de herança e galardão de Deus. Este salmo compara nossos filhos a flechas numa aljava. “Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade. Feliz o homem que enche deles a sua aljava: não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos à porta” (SI 127.4-5). Enquanto o mundo luta mais e mais contra Deus, um lar cristão resiste na batalha contra a crescente maré de invasão do mundo. Quando “lançamos” nossos filhos, munidos com corações cheios da verdade da Palavra de Deus, eles são como instrumentos para o reino de Cristo.

Você quer influenciar sua igreja e sua cidade para o Senhor Jesus Cristo? Tal influência começa com homens mentalmente fortes e espirituais, cuja liderança se reproduz numa família forte. Famílias fortes formam as bases de uma boa igreja. Por fim, sua cidade inteira sentirá a força espiritual de tão fiel igreja! “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte” (Mt 5.14).
Contudo, o efeito “multiplicar” também pode se mover em outra direção. Um pai ditador ou um pai “mole” é de maneira geral, um peso morto que atravanca o progresso espiritual de um lar. Famílias fracas, por sua vez, atrofiam os músculos da igreja. Igrejas aleijadas acabam desgastando a cultura, ao invés de promoverem seu bem. Sua falha como cristão literalmente contribui para o prejuízo espiritual de sua cidade. Por conseguinte, sua liderança espiritual é importante por causa da influência que causa nos outros, para o bem ou para o mal.
Terceiro, a ausência de liderança por parte do marido é a preocupação número um de muitas mulheres cristas. Se você fizesse um levantamento das preocupações das mulheres em cada igreja evangélica de sua cidade, não tenho dúvidas do que estaria no topo da lista ou próximo ao topo. Frequentemente, ao aconselhar casais, os pastores escutam: “Gostaria que meu marido se tornasse o líder espiritual de nossa casa”.

Infelizmente, quando as esposas dizem tal coisa, os homens ouvem algo bem diferente do que elas realmente estão dizendo! Muitos homens presumem que sua esposa espera que eles se tornem a quarta pessoa da Trindade. Muitos homens imaginam que a esposa cristã não ficaria satisfeita com nada menos que o apóstolo Paulo. E devido aos homens saberem que nunca estarão à altura da Trindade ou do apostolado, muitas vezes acabam desistindo e não tentam, de forma alguma, liderar seu lar. Contudo, não podemos nos utilizar disso como pretexto, lembre-se de que somos designados por Deus como líderes de nosso lar; a esposa, com razão, deseja que assumamos esta responsabilidade.
A esposa quer ser liderada por seu marido porque Deus a designou para ser liderada. Embora a mulher em nada seja inferior ao homem. Deus estabeleceu papéis distintos para ambos. Em Gênesis 2.18. Deus relata a origem do matrimônio: “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. Deus fez Eva sob medida para ser auxiliadora de Adão.
É possível pendurar quadros na parede usando uma chave inglesa, mas um martelo faz o trabalho muito melhor. Sabemos que ferramentas funcionam melhor quando desempenham a função para a qual foram criadas. Infelizmente, muitas mulheres são obrigadas a tomarem a liderança nas coisas espirituais porque o “Sr. Martelo” está inerte na frente da TV! Por conseguinte, tanto maridos como esposas serão mais bem-sucedidos quando exercerem os papéis que receberam de Deus.
Finalmente, o fato de que o matrimônio representa a imagem de Cristo e da igreja mostra a importância de homens que lideram sua família. Deus diz que os casais, em seu proceder, representam o traço característico de como Jesus Cristo se relaciona com sua igreja. “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor: porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo salvador do corpo. Como porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido. Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.22-25).
Você transmite a verdade de Cristo, se lidera sua esposa com amor, sacrifício e abnegação. Porém, se você é um egoísta incapacitado ou um ríspido ditador, está mentindo sobre Jesus diante do mundo que lhe observa. O pastor e escritor Douglas Wilson diz, apropriadamente: “Cada casamento, em cada lugar do mundo, é uma ilustração de Cristo e a igreja. Por causa do pecado e da rebeldia, muitas ilustrações são infamantes mentiras concernentes a Cristo. Mas um marido jamais deixa de falar sobre Cristo e a igreja. Se ele é obediente a Deus, está pregando a verdade: se ele não ama sua esposa, está proferindo apostasia e mentiras — mas. de qualquer forma, ele está sempre falando”.

Quão importante é a sua liderança espiritual? Ainda que não tenha de unir-se à Trindade ou tornar-se um apóstolo. Deus designou você como cristão para esta tarefa desafiadora. A boa noticia e que Deus suprirá graciosamente a Torça e habilidade que você precisa para realizar a tarefa. Deus não promete o carro do ano ou uma casa maior pela qual você possa estar orando, mas esteja certo de que Deus responderá suas preces por auxílio para ser o homem que Ele espera que você seja.
Ao considerar a seriedade de seu papel como homem, olhe para o Senhor Jesus. Ele é o perfeito modelo de liderança espiritual. Não há melhor exemplo de amor, serviço, responsabilidade, santidade e mansidão. Jesus mostra aos homens como serem fortes e temos ao mesmo tempo. Sua morte na cruz e ressurreição são também as razões indispensáveis para olharmos para Ele. Todos nós temos falhado, de muitas maneiras, em viver nosso ilustre chamado como líderes espirituais, mas Jesus é a fonte do perdão e da consciência límpida. 
Ao começar a entender e praticar os fundamentos da liderança espiritual, mantenha sempre os olhos fitos em Jesus, o líder perfeito.

DIARIO DE UM ADORADOR VI


Escrito por Gerson Ortega 
Esta seqüência de  posts tem falado de Nabih, um levita que vive na época de Jesus e passando e aprendendo incríveis experiências de vida convivendo com o Mestre e seus discípulos! Uma história de ficção, ligada a fatos registrados na Palavra que poderiam contar a sua e a minha história…
Jesus e os demônios
O que vão fazer com Ele? Olhei para Jesus, e ele parecia seguro, embora preocupado com aqueles que interromperam o Shabat, e vieram para a frente na direção dEle ! Senhor! Senhor! Cuidado!!! Sem perceber, assustado, berrei dentro da sinagoga na direção do Filho de Deus!…o que vão fazer com Ele ?!?!
De repente, um grupo de homens tomou Jesus pelos braços e o puxou para fora da sinagoga! Pareciam irados, endoidecidos, levando o Filho de Deus junto com uma pequena multidão, como se Ele fosse um ladrão, assassino, ou algo assim!   De novo, eu não conseguia entender porque Jesus Nazareno provocava reações nas pessoas com o que falava e fazia! No meio do tumulto, ouvi Jesus dizer:        “Sem dúvida me direis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; tudo o que ouvimos teres feito em Cafarnaum, faze-o também na tua terra”E continuou:  “Em verdade vos digo que nenhum profeta é aceito em sua terra” …e enquanto dizia isso, o levaram e expulsaram da cidade levando Jesus até um despenhadeiro em que a cidade estava edificada, para dali jogarem-no abaixo!!!!! Que loucura! Primeiro dizem que ele é um profeta, outros dizem que é Elias, outros dizem que é o Messias !?!?! Bem, para mim Ele disse que era o Filho de Deus! A Miriam sonhou com ele o viu como um leão e como um cordeiro !!! Por que então queriam matá-lo ?
Vi Judas, meu amigo zelote, que estava lá também e corri para ele e falei: “Amigo, precisamos parar esse povo; eles querem matar o Filho de Deus! Me ajuda, chama seus amigos zelotes, faz alguma coisa!!” Judas ficou assustado sem saber como agir…era muita gente em volta daqueles que seguravam Jesus pelos braços e o empurravam para a ponta do precipício! “Que louco!” pensei. “Eles querem matar o Filho de Deus!” Foi chegando mais e mais gente, berrando, alguns maldizendo Jesus, xingando de anátema, de falso profeta, de endemoninhado…de repente, lá na frente do tumulto onde tudo estava acontecendo, um silêncio sobrenatural, quer dizer, inexplicável, quer dizer, de dar arrepios no corpo inteiro…como se alguém estivesse “empurrando” as pessoas para o lado, para trás…como se houvessem guarda-costas invisíveis afastando a multidão descontrolada e abrindo caminho para…Jesus ??!?!?!
Como assim? Ele estava passando no meio do povo, ileso, sem ninguém tocá-lo!! Que doido! Que coisa maluca!?? Como?? Como?? Ele passou na minha frente firme, como se nada o pudesse deter…Judas estava ao meu lado e vendo-o passar, saiu correndo atrás dele…E eu fiquei paralisado, pasmo. “Ele tem poder sobre humano”, pensei. “Ninguém pode detê-lo; acho que havia uma legião de anjos a volta dele para que não morresse atirado do precipício abaixo!” Pouco a pouco a multidão foi dispersando, dispersando, voltando para suas casas…alguns ainda comentando o que Jesus havia dito e se perguntando: ” Não é esse o filho de José, o carpinteiro?” E muitos se admiravam dele, porque falava com autoridade…mas outros e criticavam e o reprovavam por dar a entender que era o Messias, o Filho de Deus, o Salvador !?!?!
Jesus voltou novamente para Cafarnaum, cidade marítima nos confins de Zebulom e Naftali. Estudando o livro de Isaías, comecei a ver algumas  coincidências sobre o Messias e Jesus de Nazaré! Lá estava escrito sobre o Messias vir a terra de Zebulom e Naftali! Exatamente! Cafarnaum! Onde ele estava vivendo agora!
Meu pai, Izhar, andava preocupado comigo. E só falava sobre Jesus, nas coisas que via e ouvia dele e a respeito dele! Jesus estava sempre na sinagoga! Todos os sábados ele estava lá…interessante…por que o Filho de Deus estaria dentro da sinagoga toda semana, se me parecia que Ele não tinha nada a aprender lá…Ah! Mas me contavam que Ele ensinava na sinagoga!!…rsrsrs. Bem, então sua importante presença era para explicar as Escrituras, para ensinar…e não para fazer fofoca dos outros, ou criticar o rabi, ou ver se os cânticos estavam sendo dirigidos corretamente, ou se as ofertas para a sinagoga e o sumo sacerdote eram ” gordas” com muitos denários…ou se as pessoas iríam dar importância e bajulação para Ele para tentarem ganhar algum favor!?!?!?!
Num outro sábado, ainda em Cafarnaum, presenciei algo que nunca tinha visto antes! A cerimônia do Shabat estava seguindo normalmente, Jesus estava ensinando, quando de repente alguém, ou algo, começou a berrar em voz alta, mas com uma voz gutural, de caverna, arrepiante…E clamava na direção de Jesus enquanto Ele estava ensinando. E interrompeu o Mestre dizendo: Ahhhhhh! Que temossss nós contigo, Jesusss Nazareno!!! Vieste destruir-nosss? Bem sabemos quem ésss!!!Tu és o Santo de Deussss!!! Toda a congregação estava assustada; aquele homem se convulsionava, berrava, e rolava no chão, batendo nas pessoas, nos bancos, na parede, com seu rosto desfigurado, mãos em garra, sem conseguir olhar para Jesus! As mulheres começaram a berrar de susto, e os homens se afastavam dele, pois parecia ter muita força ao se contorcer e berrar!
Jesus olhou para ele com autoridade, e abriu sua boca dizendo: “Cala-te espírito imundo! E sai dele ! E o demônio, lançando o pobre homem por terra no meio do povo, saiu dele imediatamente! Foi muito doido! Num momento, aquele peso que pairava sobre o lugar sumiu incrivelmente! O homem ficou caído como que dormindo e, gradativamente foi voltando a consciência e foi ajudado para que sentasse e fossem cuidadas as suas feridas  conseqüentes as convulsões que teve! Lembrei daquela voz parecida com a que me intimidou uma vez dizendo: “Nabih, você é meu!” Me arrepiei todo, lembrei daquela discussão que presenciei entre Jesus e Satan, o inimigo…de como fui livre daquela acusação e desespero de morte…então há criaturas espirituais que entram nas pessoas, que dominam seus corpos, que as transformam em…em…animais !?!? concluí. O povo que estava na sinagoga e presenciou tudo comentava: “Que palavra é esse que até aos espiritos imundos manda com autoridade e poder e eles saem???” Herodes se dizia o ” rei dos judeus” E alguns perguntavam: ” Seria Jesus o rei dos judeus que há tanto tempo é esperado, e descritos pelo profetas???”
Uma coisa eu sabia: Jesus era Filho de Deus, não sei como, mas era!!! Tinha autoridade sobre demônios…sim, porque antes eu achava que essas criaturas não existiam.., mas, agora!?!? Como duvidar se eu presenciei e vivi tudo isso!?!?! Outra coisa: minha vida já não era a mesma…” será que Jesus poderia curar o Jonathan, irmão da Miriam !?!?!” foi meu pensamento…bem, com Jesus a aventura continua…

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Isso é Salvação! – Paul Washer



Fonte: http://www.vemver.tv/

DIÁRIO DE UM ADORADOR V


Quem é o Rei de toda glória?
Escrito por Gerson Ortega 
“Levanta-te Nabih, pois hoje você será transformado em um outro homem!!”                                                       Era ele falando comigo!!! “Quem és tu Senhor?” perguntei tremendo.                                                                       “Eu sou Jesus de Nazaré, Filho do Deus altíssimo!”
Um encontro pessoal com o Filho de Deus, no meio da sinagoga, com todo mundo olhando!!!!! Nabih continuou ajoelhado e sentiu a mão dEle sobre sua cabeça…parecia um fogo, uma viagem fora do tempo e espaço, como naquele dia da luta entre o Filho e o satan…tudo muito diferente…tudo muito rápido…no momento seguinte, quando levantou a sua cabeça, o Filho de Deus não estava mais lá…”Mas, como assim, ele estava com a mão na minha cabeça agora mesmo??!
Miriam chegou perto dele, delicadamente o tocando e dizendo: ” Nabih, acorda, você está bem? Nabih, o Shabat já acabou, as pessoas já estão indo embora! Nabih! Nabih!”
Acordei, ou algo assim, e vi aquele rosto lindo ao meu lado…olhei em volta e vi só algumas pessoas ainda dentro da sinagoga, mas a maioria já tinha saído! Na porta de entrada observei o Mica conversando com algumas pessoas. “O que aconteceu, Miriam? Como eu estou aqui no chão? Quanto tempo se passou?”
“Você ficou aqui bastante tempo…o rabi continuou a cerimônia após o canto e terminou a celebração…mas você ficou aqui ajoelhado…quando as pessoas começaram a sair, você caiu deitado…fiquei assustada por você, mas vi que estava respirando e tinha uma aparência de paz, então”…olhou para mim e disse com um incrível sorriso nos lábios: “Esperei um pouquinho e vim te chamar…ahahah!”
“Miriam, eu estive com Ele, Ele disse que era Jesus de Nazaré, Filho do Deus altíssimo!!! Será ele o Messias que você sonhou outro dia???”
“Tenho duas amigas em Betânia , uma chamada Marta e a outra Maria. Elas tem comentado comigo sobre Jesus… Me contaram que multidões estão começando a ir atrás dele!!! Sua palavra, sua voz, seu olhar, dizem que é inexplicável, não humano, assim me disse a Maria!” comentou Miriam, muito animada, com olhos brilhantes e vida saindo de seus lábios!
” Acho que elas estão apaixonadas por ele!?!?! Coisas de mulher, sabe ??” arrisquei, novamente preocupado com os sentimentos da Miriam, mas , ao mesmo tempo, pasmo de pensar nas experiências que eu estava tendo…e todas estavam ligadas a  esse Jesus…Filho do Altíssimo…
Os dias se passavam… Havia uma incerteza e revolta no ar, no coração do povo judeu. O nome de Jesus começou a ser conhecido. Ele andava pelas sinagogas, e por todos era bem falado, como um profeta, um fariseu, um conhecedor da lei, com palavras que ardiam os corações.
Naquele tempo, o império romano dominava e controlava todo o Israel. Nabih, e o povo de Israel viviam como um povo escravo, que era obrigado a pagar altos impostos. Vários levantes de diferentes grupos políticos nacionalistas permeavam a história recente do povo judeu. Corria notícia que João, o Batista, havia sido preso por Herodes porque este tinha um caso com sua cunhada, Herodias, e João, corajosamente, o confrontou sobre seu adultério! Herodes, na verdade, tinha medo da força da verdade que estava dentro de João, e várias vezes o procurou para conselho…mas Herodias deve ter roubado sua vida e convicção.                                                                                                                                                      Esse mesmo Herodes chamado Antipas, era filho de Herodes Magno, aquele que mandou degolar todos os meninos de Jerusalém, quando lhe chegou noticia que  o “Rei dos Judeus” havia nascido, trinta anos atrás! Sim, esse mesmo Antipas era o primeiro rei dos judeus não judeu, colocado por Roma! Até o cativeiro na Babilônia, haviam reis em Israel, e antes deles, juízes, que seguiram a Josué que veio após Moisés!! Na volta da Babilônia, houve uma oligarquia aristocrática  de sacerdotes até o general romano Pompeu cercar Jerusalém, destruindo o templo, entrando até no Santo dos Santos, em desrespeito a Jeová, montado em seu cavalo! Assim, Herodes Antipas se tornou o primeiro a governar os judeus debaixo do senado e do imperador romano Augustus.
Nabih não conseguia entender como João Batista poderia ter sido preso. “Ele é um profeta de Deus, um homem correto, verdadeiro, como Jeová permite algo assim acontecer??” Muitas outras perguntas vinham a cabeça de Nabih. “Por que Herodes reinava sobre os judeus não sendo judeu? Por que Roma tinha governo e controle sobre Israel? Por que Jeová não livrava seu povo como fez antes? Por que Jeová permitiu que o templo fosse profanado por romanos, que chamavam seu imperador de “deus”!?!?!”     Além disso, Nabih sentia entre os sacerdotes, da herança de Arão, uma certa “política” ministerial de poder…O sumo sacerdote escolhido para aqueles dias era Caifás. A ligação entre Caifás e Herodes era, em princípio, devido ao fato de ambos serem do grupo dos saduceus.
João estava preso em uma das fortalezas de Herodes, provavelmente, Macharus. As fortalezas de Herodes eram feitas no meio do deserto com um avançado sistema de cisternas para a água e aquedutos…ele não tinha prazer de estar na cidade e ter que estar em contato com aquele povo necessitado, rendido, que sempre se queixava dos impostos que lhes era cobrado! Além disso, se sentia mais seguro nas suas fortalezas intransponíveis, onde tinha sua vida oculta…
Nabih tinha um amigo que se chamava Judas. Ele era um zelote. Os zelotes eram o quarto grupo do judaísmo, dos anti-romanos assim representados: os fariseus, os saduceus (do sumo sacerdote como disse), os essênios e os zelotes. Judas tinha muitas ambições como um judeu nacionalista. Ele cria no retorno a observação das leis de Moisés e na conquista da independência nacional pela expulsão dos romanos! Judas era muito intenso! Ele vivia fortemente suas convicções. Ultimamente , Judas estava meio sumido. Nabih soube que Judas estava indo atrás do Filho de Deus para tentar conhecê-lo melhor… Soube que Judas estava seguindo Jesus e, neste tempo estavam na Galiléia, em Nazaré! “Preciso ir a Nazaré, preciso vê-lo, conversar com ele novamente. Preciso entender o que ele quis dizer com aquelas palavras…preciso saber se ele libertará Israel dos romanos!!!?? Preciso estar perto dele! Sinto sua falta! Mais ainda do que a falta que sinto da Miriam…só posso vê-la nos Shabats ou quando vou visitar o Jonathan, seu irmão…mas é diferente com Ele…sinto como uma sede que precisa de água…água que mate a sede.
Quando cheguei em Nazaré, procurei saber de Jesus e era Shabat…me disseram que ele foi visto indo a sinagoga, como fazia todos os sábados. Saí correndo, coração batendo rápido, uma expectativa forte, estranha, de tirar o fôlego! Aquele Shabat eu estava livre, sem compromissos na sinagoga em Betânia. Não iria ver a Miriam, mas precisava encontrar Jesus!  Quando entrei na sinagoga, imediatamente pus os olhos nele! Ele estava se levantando para ler, no livro do profeta Isaías :
“O Espirito do Senhor é sobre mim, pois me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a apregoar a liberdade aos cativos, e dar vista aos cegos; e por em liberdade os oprimidos; e anunciar o ano aceitável do Senhor”                                                                                             E fechando o livro, o deu ao ministro e se assentou…os olhos de todos estavam sobre ele!!!! E aí com aquela voz penetrante Ele disse: “Hoje se cumpriu essa Escritura em vossos ouvidos!” Muitos ficaram maravilhados…mas percebí alguns presentes que parecíam furiosos…se levantaram, e vinham na direção dele…para quê?! O que vão fazer com Ele? Olhei para Jesus, e ele parecia seguro, embora preocupado com aqueles que interromperam o Shabat, e vieram para a frente na direção dEle ! Senhor! Senhor! Cuidado!!! Sem perceber, assustado, berrei dentro da sinagoga na direção do Filho de Deus!…o que vão fazer com Ele ?!?!

Não Negligencie a Bíblia – J. C. Ryle



1.Talvez você leia muitos livros, mas nunca leu a Bíblia. Se esta é a sua condição, não posso falar-lhe qualquer palavra de conforto, pois você está correndo o perigo de perder sua alma. Sua negligência para com a Bíblia é uma prova evidente de que você não ama a Deus. Uma pessoa com um corpo sadio tem um apetite saudável; uma pessoa com uma alma sadia manifesta apetite pela Palavra de Deus. Mas é óbvio que você está sofrendo uma terrível doença espiritual. Você não vai se arrepender?

Sei que não posso atingir seu coração, de modo a fazê-lo perceber e sentir estas coisas, mas protesto contra a sua negligência com relação à Bíblia e apelo à sua consciência que considere o meu alerta. Não deixe que seja tarde demais para arrepender-se! Não adie a leitura da Bíblia para a hora em que você estiver morrendo e, então, vier a pensar que ela nada significa para você quando você mais precisa dela! Não fique dizendo: "As pessoas vivem perfeitamente bem sem a leitura da Bíblia". Você acabará descobrindo, a seu próprio custo, que tais pessoas estão agindo muito mal e acabarão no inferno. Cuidado para que um dia você não venha a dizer: "Se ao menos eu tivesse dado à Bíblia tanta atenção quanto dei a outros livros, revistas e jornais, não estaria sem esperança nas minhas últimas horas de vida". Estou lhe dando um aviso claro. Que Deus tenha misericórdia de sua alma.

2.Talvez você esteja desejando iniciar a leitura da Bíblia mas necessita de conselho a respeito. 
Deixe-me ajudá-lo.
Comece a ler a Bíblia hoje. Boas intenções não bastam. Você realmente precisa começar a lê-la. Faça-o com um profundo desejo de entendê-la. Ler sem compreender não vai ajudá-lo. Leia a Bíblia com humildade e fé semelhante à de uma criança. Você deve submeter-se a ela; não tente julgá-la. Leia-a com a intenção de obedecê-la, aplicando a si mesmo o que você lê. A Bíblia deve afetar o seu comportamento. Leia a Bíblia todos os dias. Você gosta de se alimentar todos os dias; a Bíblia é o alimento de sua alma. Leia a Bíblia toda, de forma sistemática. Você não tem o direito de ler apenas as passagens que mais gosta. Interprete a Bíblia de forma simples e objetiva. A interpretação correta é, normalmente, a mais simples e óbvia. Leia a Bíblia com sua mente voltada para Cristo. E, ao ler o Antigo Testamento, tente compreender como ele aponta em direção a Cristo.

Acredito firmemente que se você agir segundo estes princípios, Deus não lhe permitirá compreender mal o caminho para o céu.

3.Talvez você seja alguém que ama e acredita na Bíblia, mas não a lê muito. 
É provável que obterá pouco conforto das Escrituras nas horas de necessidade e jamais se tornará uma pessoa firmemente alicerçada na verdade. Além disso, você provavelmente cometerá grandes erros em sua vida — no seu casamento, na sua vida em família, no seu relacionamento com outras pessoas. E talvez seja enganado, pelo menos por algum tempo, por falsos mestres. Não basta que você leia a Bíblia apenas um pouco — precisa lê-la bastante, deixando que a Palavra de Cristo habite ricamente em você (Cl 3.16).

4.Talvez você seja uma pessoa que lê muito a Bíblia, mas está tentado a desistir por achar que isto não está lhe fazendo bem algum
Permita dizer-lhe que esta tentação vem do maligno. A Bíblia pode estar lhe ajudando mais do que você pensa; pode estar produzindo um efeito imperceptível sobre o seu caráter, livrando-o de erros e pecados nos quais, de outro modo, você cairia. Se parar de ler a Bíblia, você acabará descobrindo isto às suas próprias custas! 5. Talvez você realmente ame a Bíblia, viva por ela e a leia bastante. Se for assim, então decida lê-la mais e mais, a cada ano de sua vida, a fim de gravá-la em sua memória e seu coração. Quando se encontrar às portas da morte, pode ser que você estará incapacitado de ler, e será precioso, então, tê-la guardada em seu coração (SI 119.11). Resolva, também, ser ainda mais atento com relação a seu hábito de ler a Bíblia, a cada ano de sua vida, e honrar mais a Bíblia na sua vida em família. Decida meditar mais na Bíblia e conversar mais a respeito dela com outros crentes. Finalmente, tome a resolução de viver mais e mais fundamentado na Bíblia. Deixe-a avaliar tudo que você faz e, com a ajuda de Deus, esteja determinado a ser governado por ela.

Diário de um adorador IV


Cantar-te-ei louvores junto a meus irmãos…
Escrito por Gerson Ortega
…no dia seguinte, após aquela incrível presença…(sim só pode ter sido a presença de Jeová, pela força, a voz, a luz resplendente, como no batismo do Filho de Deus…)…sai da estalagem e, realmente estava tudo pago! O bom samaritano (assim o chamei pois não sabia seu nome…) prometeu e pagou todos os meus gastos na estalagem: comida, ungüentos para as feridas, hospedagem e tudo mais!
Voltei no caminho para Betânia onde morava, pensando em Jeová, no samaritano,  no Filho de Deus …Miriam! Minha doce princesa ! Nos conhecemos na infância. Miriam era de uma família mais simples ; seu pai trabalhava cuidando de ovelhas de um senhor rico, que fazia parte do Sinédrio, chamado de Arimatéia, sendo José, seu primeiro nome. O pai de Miriam chamava-se Abner  e tinha cinco filhos: três moças, entre elas Miriam, e dois rapazes, Jeúz o mais velho e Jonathan, que era coxo e não podia andar.
Miriam era formosa: seus lábios vermelhos como carmesim, seu cabelo negro, escuro como a noite, sua pele morena pelo sol, e seus olhos…seus olhos eram da cor de mel, incrivelmente brilhantes ! Ela era tímida, mas decidida; um olhar de paz, mas seguro e definido; era alta, não mais alta do que eu, linda, vestindo sua túnica de algodão, coberta por outra túnica de cor de tom castanho, que ressaltava a cor de seus olhos, com um cinto de tecido bege que marcava sua cintura, além das sandálias ressaltando seus delicados pés. Era muito inteligente e perspicaz, mas devido a posição de sua família e a sociedade que participamos, ajudava sua mãe no cuidado da casa junto com suas irmãs, e de Jonathan que requeria cuidados… Na sociedade em Israel, um coxo sempre era visto com ceticismo, como possível filho de pecado! Mas, não Jonathan! Ele era muito bom, muito inteligente, porém, tinha um semblante triste por sua condição e a impossibilidade de correr, estar com seus amigos, ou mesmo, ajudar no cuidado das ovelhas com seu pai no campo, tendo sempre que ser carregado para onde fosse!
 Desde a infância eu sonhava em um dia casar-me com Miriam. Quando pequenos brincávamos, corríamos pelos campos, ela sempre pareceu linda aos meus olhos! Mas, minha família não era muito melhor em posses do que a dela. Lembrem-se, levita tem  somente o Senhor por sua herança e meu pai Azhis, não tinha posses além do local onde morávamos dado aos levitas que trabalhavam no templo e na sinagoga. Havia dias em que eu ficava dedilhando a harpa e uma melodia nova surgia com a “forma” dela…Miriam.
“Você não vai me contar o que aconteceu?” disse ela, meiga , mas muito curiosa! “Sua família estava preocupada pois você foi ao Jordão e sumiu estes dois dias!! Por onde você andou? Você viu João, o Batista…e aquele que contam ser um profeta? Você também o viu?”                                                               Como eu poderia contar tudo a ela? Várias situações foram tão estranhas que cheguei a pensar que não existiram, que surgiram da minha imaginação?
“Vai ficar olhando assim ao longe, sem respostas para mim? Acho que você está escondendo algo?” sorriu ela com tanta meiguice, com os cabelos se movendo delicadamente com a brisa, trazendo-me de volta para junto dela…parecia que tudo nela era perfeito!                                                                                  ”Bem, estive lá no Jordão, vi o Batista, também vi o profeta ” Filho de Deus” como o chamam…vi algo como uma luta entre os céus e a terra, algo que se tentar te explicar você vai duvidar de mim”, arrisquei.
“Mas Jeová tem falado comigo em sonhos!” respondeu pensativa.                                                                  ”Tem falado?” provoquei. “Como? Como você sabe que é Ele!”                                                                        ”Creio que tenho sonhado com o Messias, aquele de quem os profetas falaram aos pais de nossos pais, muito tempo atrás. No meu sonho eu o via como um  leão, ao mesmo tempo que o via como uma simples ovelha…o seu rugido era de arrepiar os cabelos, os seus olhos eram como fogo!…mas Ele me olhava com tanto amor, parecendo entender tudo o que passo sem nem me conhecer, entende?” disse, tentando me explicar.
Confesso que já  comecei no mesmo instante a ficar com ciúmes desse homem do sonho!! Não disse nada a ela, mas…,ao mesmo tempo, me lembrei do Filho de Deus a quem clamei naquela noite de aflição e horror! Será que estávamos falando da mesma pessoa? Não, claro que não! Aquilo era só um sonho da minha querida e amada… só um sonho…
Naquele Shabat da sexta-feira eu fui escalado para tocar a harpa e ler uma parte da Torah, no livro dos salmos! Era um grande privilégio ler a Torah na frente dos mestres, rabinos, homens e mulheres todas cobertas com o véu em sinal de respeito a Jeová; seria visto e respeitado como um adulto…, sim, eu já era um adulto! Miriam sempre ficava no lado das mulheres e, de vez em quando, nossos olhares se cruzavam…ela ficava ruborizada…e eu a achava mais linda por isso…
“Acorda rapaz! Você deve iniciar o salmo tocando a harpa!” Esse era Mica, um amigo meu nascido em Belém de Judá, um genuíno levita, orgulhoso por sua posição, e pela sua origem de Belém, que além de tudo, cantava muito bem!       Mica costumava liderar a congregação no canto do salmo escolhido. Todos o admiravam! Bela voz, seguro, ainda mais alto que eu, com uma barba loira e cabelos castanhos; tinha um excelente hebraico, quero dizer, o hebraico da escola dos fariseus, mais clássico, não o hebraico dos galileus, dos pescadores, enfim, de gente mais simples. Minha formação não foi tão privilegiada como a do Mica. As vezes via ele conversando com a Miriam e ficava preocupado e pensativo: “Será que ela se interessa por ele?”…Naquele dia, senti algo diferente enquanto dedilhava a harpa e Mica, com outros levitas, dirigia o canto da congregação…
… era uma presença muito especial..”Será que tudo é porque estou vendo a Miriam hoje novamente? Será que estou tocando melhor? Será que é o Mica que está cantando muito bem e as pessoas estão tão entusiasmadas que o clima do Shabat está especial???”
Na hora da leitura, comecei a ler um salmo de Davi chamado messiânico pelos rabinos, mas de uma compreensão que me parecia difícil:
“Deus meu, Deus meu porque me desamparastes? Por que te alongas das palavras do meu clamor, e não me auxilias?…Porém tú és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel. Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste…” mais a frente o salmo dizia:                                                                                  ”Mas tu , Senhor, não te alongues de mim: força minha, apressa-te em socorrer-me. Livra a minha alma da espada…salva-me da boca do leão…” Pensei no livramento que eu tinha recebido naqueles dias contra o Satan, meu inimigo! De repente, parecia que as Escrituras ganhavam vida em mim como nunca antes!?!?!
“Então declararei o teu nome a meus irmãos: louvar-te-ei no meio da congregação. Vós, que temeis ao Senhor louvai-o, todos vós, descendência de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós descendência de Israel!” Quando parei a leitura, alguém começou a cantar…fiquei arrepiado, assustado, impressionado…que voz ! Quem está cantando dessa forma? Não podia ser o Mica! A voz dele era muito especial, mas esta voz…esta voz! Olhei na direção de onde vinha o som e…caí…caí de joelhos, na frente de todos! Que vergonha! Como assim??? Levantei meus olhos e lá ele estava: o Filho de Deus!!! Era ele sim! Cantando? Sim! Ele cantava o salmo que lí e mais:
“Anunciarei o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei louvores no meio da congregação…eis-me aqui, a mim, e aos filhos que tu Jeová me deste!” Seu nome era Jesus, mas agora ele parecia como um anjo, um Deus, majestoso, sua voz era de leão e ovelha ao mesmo tempo…! Não aguentei…comecei a chorar de joelhos.  A voz começou a se aproximar, mais, mais…de repente o canto parou…um silêncio invadiu a sinagoga…                                                                                                                                                                        ”Levanta-te Nabih, pois hoje você será transformado em um outro homem!!” Era ele falando comigo!!! “Quem és tu Senhor?” perguntei tremendo.                                                                                                                 “Eu sou Jesus de Nazaré, Filho do Deus Altíssimo!”

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Insights: Quem é você... quando ninguém vê?



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A prioridade do ministério


Por Ronaldo Bezerra 




O segredo do sucesso de um ministério cristão está em como ele se localiza prioritariamente na vida do cristão. Muitos dizem: "O ministério, certamente, ocupa o primeiro lugar, pois afinal trabalhamos para o Senhor!". Devemos nos lembrar que o ministério é FRUTO de uma vida de adoração e comunhão com Deus, do exercício deste relacionamento na família, servindo a nosso cônjuge e filhos, do nosso trabalho e formação.
Devemos viver em função do direito que Deus tem sobre nossa vida. Este direito tem prioridade sobre os outros interesses humanos. A ordem das prioridades de Deus:
  • Deus (Ef 5:18-19)
  • Cônjuge (Ef 5:21-33)
  • Filhos (Ef 6:1-4)
  • Profissão (Ef 6:5-9)
  • Ministério (Ef 6:11-12)
É importante entendermos que o ministério, embora seja a nossa quinta prioridade, na verdade refletirá como estamos nos saindo nas quatro primeiras. Mesmo ele sendo a quinta prioridade, isso não indica que deva ser exercido quando possível, ou quando sobrar tempo, pois ele não deixa de ser também uma prioridade. No momento que estou me dedicando a ele, então se torna a minha prioridade. Isto também se aplica as outras.
Um ministério fraco denota um fraco relacionamento com Deus, e não falta de tempo em virtudes das outras prioridades. Um ministério fraco não é aquele que não aparece, mas aquele que, para a própria pessoa que o exerce, é algo pesado, enfadonho, sem alegria, sem entusiasmo, sem perspectiva, sem frutos.


Nossa vida é falar de Cristo, é manifestar a Ele onde quer que estejamos, na família, trabalho, comunidade. E para isto, cada um recebeu de Deus pelo menos um dom ou capacitação especial. O ministério permeia a vida. Ele está embutido naquilo que fazemos, pensamos. Se você atua no ministério da música, com certeza isso sempre estará em sua mente, e merece uma atenção especial. Do mesmo modo se você trabalha com casais, jovens, crianças etc. A multiforme graça de Deus se manifesta não por meio de uma só pessoa ou grupo, mas em todo o Corpo de Cristo.


Se o nosso relacionamento com Deus ultrapassar a barreira da religiosidade, e começarmos a agir como filhos, amigos de Deus, Ele revelará ao nosso coração os seus segredos, os seus pensamentos, anseios e desejos. E como filhos (e não apenas servos), como amigos que merecem confiança, Ele nos revelará como devemos cuidar do nosso cônjuge, filhos, família, profissão e ministério. Ele nos dará o ponto de equilíbrio! Receberemos Palavra fresca pelo seu Espírito que habita em nós, e esta Palavra em nós será uma fonte a jorrar para a vida eterna.



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Máscaras removidas



Por Hernandes Dias Lopes


Se as pessoas nos conhecessem como Deus nos conhece ficariam escandalizadas. Se as pessoas pudessem ler todos os nossos pensamentos, ouvir todas as vozes que abafamos dentro de nós e auscultar todos os desejos do nosso coração afatar-se-iam de nós com assombro. Somos, muitas vezes, um ser ambíguo e contraditório. Queremos uma coisa e fazemos outra. Exigimos dos outros aquilo que nós mesmos não praticamos. Condenamos nos outros aquilo que não temos coragem de confrontar em nós mesmos. Para manter nossas aparências usamos máscaras, muitas máscaras. Se você diz que nunca usou uma máscara, é muito provável que esteja acabando de afivelar a máscara da mentira em seu rosto. Algumas máscaras são muito atraentes. Encantam as pessoas. Elas passam a nos admirar não por quem somos, mas por quem aparentamos ser. O profeta Samuel ficou impressionado com Eliabe, filho mais velho de Jessé, e pensou que estava diante do ungido de Deus. Mas, o Senhor lhe corrigiu dizendo: “Não atenteis para a sua aparência, eu vejo o coração”. Vamos, aqui descrever três máscaras que ostentamos:


1. A máscara da piedade. 


O apóstolo Paulo em 2Coríntios 3.12-18 fala que nós não somos como Moisés, que colocava véu sobre a face, para que as pessoas não atentassem para a glória desvanecente do seu rosto. Moisés foi um homem ousado. Enfrentou com grande galhardia Faraó e seus exércitos. Liderou o povo de Israel em sua heróica saída do cativeiro. Porém, houve um dia em que Moisés deixou de ser ousado e colocou uma máscara. Foi quando desceu do Monte Sinai. Seu rosto brilhava. Então, colocou um véu para que as pessoas pudessem se aproximar dele. De repente, Moisés percebeu que o brilho da glória de Deus estava se desvanecendo de seu rosto. Porém, ele continuou com o véu. Ele não queria que as pessoas soubessem que a glória estava acabando. Moisés manteve o véu para impressionar as pessoas. Ele usou a máscara da piedade. Muitas vezes as pessoas ficam impressionadas com a beleza das máscaras que usamos. Elas ficam admiradas da propaganda que fazemos da nossa espiritualidade. Pensam que por trás do véu existe uma luz brilhando, quando na verdade, esse brilho já se apagou a muito tempo.


2. A máscara da autoconfiança. 


O apóstolo Pedro era um homem de sangue quente. Falava muito e pensava pouco. Um dia, disse a Jesus que estava pronto a ir com ele para a prisão. E mais: ainda que todos os demais discípulos o abandonassem, ele jamais faria isso, pois estava pronto a morrer por Jesus. Pedro pensava que era melhor e mais consagrado do que seus condiscípulos. Era do tipo de crente que confiava no seu taco. Dizia com todas as letras: a corda nunca roe do meu lado. Mas, aquela máscara tão grossa de autoconfiança não passava de um fina camada de verniz de consumada covardia. Quando foi colocado à prova, Pedro dormiu em vez de vigiar. Pedro abandonou Jesus em vez de ir com ele para a prisão. Pedro seguiu Jesus de longe, em vez de estar ao lado de seu Mestre. Pedro negou a Jesus em vez de morrer por ele. Não é diferente conosco. Passamos uma imagem de que somos muito firmes e fiéis. Até fazemos propaganda de nossa fidelidade incondicional a Jesus. Mas, não poucas vezes, essa autoconfiança não passa de uma máscara para impressionar as pessoas.


3. A máscara da hipocrisia. 


Os fariseus eram os santarrões que tocavam trombetas acerca de sua espiritualidade. Faziam propaganda de sua piedade. Julgavam-se melhores do que os outros. Achavam que só eles eram fiéis. Quem não concordasse com eles, estava riscado do seu mapa. Eram especialistas em ver um cisco no olho de outra pessoa, mas não enxergavam a trave que estava em seus olhos. Porém, toda aquela aparência de santidade não passava de uma máscara de hipocrisia. A espiritualidade dos fariseus era só casca, apenas propaganda falsa. Jesus chamou os fariseus de hipócritas, ou seja, atores que representam um papel. Disse, ainda que eles eram como sepulcros caiados, bonitos por fora, mas cheios de rapina por dentro. Precisamos humildemente entender que somente pelo poder do Espírito Santo poderemos remover essas máscaras. Vamos começar a fazer isso?

terça-feira, 14 de junho de 2011

Igrejas ou cativeiros religiosos?


Por Antognoni Misael

A igreja é um organismo vivo e indispensável na vida do cristão. Nela vemos a representação do corpo de Cristo cujos importantes membros desempenham papéis diferenciados sem que haja um mais especial que o outro, o que os torna interdependentes entre si. O autor de Hebreus (Hb 10.25) reitera a relevância ratificando que congregar é mais que uma opção, mas sim uma ordenança. Só que hoje congregar pode ser um exercício de simpatia, afinal tem igrejas pra todos os gostos, das mais variadas formas. Igreja simples, luxuosa, rica, pobre, moderna, antiga, gigante, pequenina, com área de lazer, estacionamento gigantesco, igreja rural e até igreja residencial, haja igreja! O que me chama atenção é que diante de tanta diferença teológica, denominacional, financeira, social, o “algo” de comum que muito permeia entre tantas é a noção de prisão.
Foucault (filósofo francês com grande contribuição para o campo da história, mal visto por parte de alguns dos teólogos) em sua obra História da Loucura (1960), projeta seu olhar através de outros ângulos e ao analisar a invenção da prisão, a qual nascia não do progresso da humanização decorrente dos ideais da Revolução Francesa, mas da sofisticação das formas de dominação e exercício da violência, proporcionou, a meu ver, uma sacada incrível que vem abalar as formas de interpretação até então experimentadas. Enquanto tantos discutiam a liberdade, igualdade, fraternidade, Foucault passeava a vista nos novos métodos de reclusão e nas sofisticadas maneiras de inculcar, dominar e aprisionar alguém. Esta ousada e arriscada maneira de ver a cena partiu da influencia do pensamento de Foucault.
Inicio uma análise da tal prisão citando parte da canção “Liberdade para Amar” de Sérgio Pimenta (um dos maiores compositores da música evangélica):
“Vamos fazer o amor,
Vamos dar uma flor,
Tentativas de buscar sentido.
Vamos unir as mãos
Ao fingir-nos de irmãos,
Coreografia de aflitos”

Até parecia que Pimenta conhecia o pensamento foucaultiano ao abordar primeiramente as práticas (performances) ao invés dos corações das pessoas, pondo em xeque a superficialidade de um amor que ainda está preso a mesquinhesas, a momentos, e a falsas verdades. Quem nunca ouviu num culto: “pegue na mão do seu irmão, diga que o ama”; “levante as mãos e diga que adora ao Senhor”; “dê um brado de vitória”… Alguém comanda os sentidos e intenções com livre acesso as ações da eclésia – dominação total não acha? Um fantoche preso a um sistema de práticas, e como disse Pimenta, pode representar “coreogragias de aflitos” se a vida não corresponder aos momentos de religiosidade.

Foi ao re-ouvir “Liberdade para Amar” que pude pensar: “a igreja deve ser este lugar de liberdade, de paz, desprendimento com os interesses e com as fisgas do egocentrismo”. Mas às vezes acontece o contrário, ela (igreja) se torna uma das mais nocivas prisões, não só de simples “marionetismo de culto”, mas de ideias e de conceitos bizarros onde muita gente ainda permanece aprisionado. Alguns que pude perceber são:
Acomodação tradicional  gente que nasce e cresce na igreja e pela tradição e antiguidade imagina que já é crente salvo (alguns não passam de mau caráter). Preso no comodismo e no convencimento, criticam outras religiões ao dizerem que velam por tradições e doutrinas de homens… Mas há muitos assim dentro da igreja evangélica – não tiraram ainda a trave do olho.
Crença num Deus estático – “Quando eu cheguei aqui o Senhor já estava”. Esta frase reproduz uma ideia de ambiência divina onde Deus aguarda pacientemente os queridos irmãos chegarem ao templo para cultuar. Dentro do templo não se pode rir, conversar, entrar de bermuda, jogar um play station, tocar um instrumental, pois ali é recinto sagrado e Deus permanece sempre observando com ar de repreensão quem ultrapassar os limites de irreverência podendo castigá-los.
Prisão do guarda-roupa – roupa profana para os dias de semana, roupa santa para os domingos à noite. Aliás, o melhor pra Deus tem que rolar no domingo pois é o dia especial e merece roupa especial. Camisa de clube, roupa de academia, biquíni de veraneio são vestimentas profanas que só devem ser usadas de tempos em tempos, apenas quando nenhum crente vir, pois é sinal de mundanismo.
Dízimo de holofote – sempre dá um jeito de se fazer percebido nos dias em que dizima, pois reforçará uma imagem de cristão comprometido.
Adoração viciada em carga de eletricidade – o culto só é bom quando algo de elétrico ocorre. Seja uma pregação fervorosa ou um louvor ministrado com fervor. “Aleluia” e “Glória a Deus” jamais é dado pelo silêncio de Deus, e sim pelos barulhos dos homens.
Coreografias de aflitos – sempre nos momentos de louvor é importante levantar as mãos, glorificar em alto som e se “estabanar” de quebrantamento, mostrando ter sentido a presença redundante de Deus naquele culto. Nos hinos de comunhão gosta de sair apertando a mão de todos dizendo que os ama, mas no dia-dia não oferece uma carona.
Teleguiado de pecado – é o faro de buscar defeitos inveja em relação ao próximo. Pessoas com esse dom (do diabo) já entram na igreja dando um 360 graus e formatando informações grotescas antes de iniciar o culto, tipo: “aposto que o irmãozinho da frente trai a esposa”, “ o cabelo da ministrante hoje está ridículo”, “putz, aquele homossexual veio ao culto de novo”, “não aguento olhar a cara da irmã fulana”, “um dia compro um carro melhor do que o de sicrano”,“tô de saco cheio desse meu pastor, era melhor estar em casa”.
Cultômetro – acontece demais. Gente que tem a sina de medir a vida espiritual dos outros pela frequencia nos cultos. Quando encontram um pouco assíduo faz uma auto-demostração de crente fiel, assíduo e complementa com as previsíveis falas “apareça mais na igreja irmão, desviou?”, “o amado está brigado com Deus?”
O sagrado paletó – essa prisão é antiga e burlesca. Aprenderam desejar a autoridade, o status, o poder. E nada melhor do que um paletó pra representar esses signos. Esta é uma forma de hierarquizar um ambiente que deveria ser de liberdade. Mas não. Usa paletó quem é pastor, diácono, presbítero, evangelista, apostolo, profeta, e os cambau metido a isso tudo. Um Reverendo não usar paletó, para alguns prisioneiros da religião, é um pecado e desconsideração a Deus – enquanto uns arregaçam as mangas e vão a ceara trabalhar incansavelmente, outros almejam caros e luxuosos ternos para exibirem seu poderio visual, ministerial e farisaico.
Lugar do poder – é de praxe em algumas igrejas (principalmente as pentecostais) por trás do púlpito existirem dezenas de poltronas reservadas a gente “importante” (e haja gente querendo sentar ali): presbíteros, pastores, evangelísticas, apóstolos e até políticos (corruptos). Essa violência simbólica faz com que a platéia seja obrigada a olhar durante todo o culto para seus líderes como autoridades espirituais e dignas de respeito – não por que são íntegros em si, mas por que estão num posto maior. Ali não se está a esquerda ou direita de Jesus, mas aquele lugar (que às vezes vira praça de conversa ou palco de cochilo) ainda representa o sonho de consumo de muitos fracos na fé que querem ser reconhecidos e estarem, como dizem os Neopentecostais, em lugares altos…acima das pessoas comuns.
OBS: Tais notas só servem para quem ainda se considera preso a estas invenções que ocorreram no âmbito da igreja. Se já está liberto desses conceitos, desconsidere o que escrevi.
***
Antognoni Misael ainda crê na igreja como lugar de paz e liberdade, não como cativeiros mercadológicos que aprisionam almas